Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Bazani, José Henrique |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-11112014-160156/
|
Resumo: |
A fertilização tem proporcionado aumento de 30 a 50% da produtividade dos povoamentos de eucalipto, e tem no fósforo (P) um dos principais nutrientes responsáveis por estas respostas. Ambientes tropicais altamente intemperizados diminuem a disponibilidade do P no solo em função das reações de adsorção com os minerais de argila e precipitação com os cátions Fe, Al e Ca. O manejo adequado da fertilização fosfatada contribui para a otimização dos custos inerentes à atividade de fertilização e para manutenção da competitividade técnicofinanceira das plantações florestais. Diversas são as opções de fornecimento de P às plantas. Em geral, as fontes fosfatadas distinguem-se pela concentração, forma e solubilidade do P, mas apresentam a menor taxa de recuperação pelas plantas entre os macronutrientes. Novas tecnologias de fertilizantes fosfatados estão sendo desenvolvidas visando aumentar esta eficiência de utilização, as quais necessitam de validação e comprovação dos seus efeitos em condições reais de crescimento do povoamento. Uma alternativa para aumentar a eficiência do P é a complexação deste com substâncias húmicas (complexo P-metal-SH), pois podem diminuir os processos de adsorção e possibilitar o maior aproveitamento do nutriente. Constatou-se que é possível obter crescimento satisfatório do povoamento de Eucalyptus grandis apenas com a utilização de fontes fosfatadas totalmente solúveis, durante os dois primeiros anos de crescimento. Estas fontes tiveram efeito benéfico na sanidade e na uniformidade do povoamento. A utilização do fosfato natural reativo proporcionou comportamentos distintos no acúmulo de P nas plantas. Em condições de maior disponibilidade hídrica no solo, houve maior absorção de P pelas plantas relativamente ao período de maior limitação hídrica, fato que não foi observado com a utilização de fontes solúveis. O complexo P-metal-SH se mostrou uma alternativa tecnicamente viável, proporcionando oportunidades de ganho na eficiência de utilização do P e na produção de madeira. As respostas às diferentes fontes fosfatadas foram mais evidentes nos meses iniciais de crescimento do povoamento e diminuíram com o passar do tempo. Sob elevada deficiência hídrica do solo, esses efeitos foram menos pronunciados, em função da limitação do crescimento das plantas. Não houve grande diferença de crescimento das plantas em relação às fontes fosfatadas usadas, refletindo em oportunidades econômicas e logísticas que estão atreladas à escolha do fertilizante. Fontes de maior concentração possibilitam redução nos custos de formação do povoamento, em função da diminuição dos gastos com transporte e armazenamento, e permitem a obtenção de maiores rendimentos operacionais no momento da aplicação do fertilizante no campo. Contudo é preciso maior clareza quanto aos efeitos residuais da fertilização fosfatada, com suas diferentes fontes, nas rotações de cultivo subsequentes (em especial quanto ao manejo da talhadia). Estudos para entender a participação de formas de P presentes no solo não detectáveis nas análises de rotina (principalmente o P orgânico), no fornecimento de P às plantas, podem auxiliar os programas de fertilização a aperfeiçoar o uso do P em plantações florestais. |