Incorporação de argilas pilarizadas, zeólitas e substâncias húmicas em fertilizantes fosfatados para controle da solubilidade no solo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Teles, Ana Paula Bettoni
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-21082018-173531/
Resumo: A baixa disponibilidade de fósforo (P) na maioria dos solos brasileiros faz com que a produção agrícola seja altamente dependente do uso de fertilizantes fosfatados, os quais geralmente apresentam baixa eficiência agronômica em solos tropicais. Esses fertilizantes são produzidos a partir das rochas apatíticas, um recurso natural não renovável. Em função disso, cientistas alertam para a possibilidade das reservas chegarem ao fim em breve. Diante dessa preocupação, tem-se aumentado a procura por fertilizantes de maior eficiência. Assim, o objetivo deste trabalho foi produzir fertilizantes fosfatados mais eficientes que os atuais solúveis presentes no mercado. Para tanto, foram conduzidos dois estudos; o primeiro avaliou a eficiência agronômica de 12 novos fosfatos obtidos a partir da acidulação parcial (25 e 50% da acidulação total) de fosfatos naturais (FNs) de Araxá (FNA), de Bayóvar (FNB) e de Marrocos (FNM) contendo argilas pilarizadas ou zeólitas na sua formulação, por meio de avaliação de difusão, de solubilização e de cultivo de milho. A incubação em placas de petri por cinco semanas avaliou a difusão e disponibilidade do P proveninte dos novos produtos em solo arenoso e com baixo teor inicial de P. O solo foi amostrado com anéis concêntricos a partir do grânulo aplicado no centro da placa. Independentemente do fertilizante avaliado, a maior parte do P permaneceu no próprio grânulo ou na região próxima a ele, sendo que nenhum dos produtos resultou em maior difusão e disponibilidade de P quando comparados ao superfosfato triplo (SPT). A solubilidade dos fertilizantes foi avaliada em colunas de lixiviação em solo de textura média durante 60 dias, sendo periodicamente coletada solução percolada e amostrado o solo em camadas no final. Foi detectado a presença de P na solução percolada em todos os tratamentos, a exceção dos FNs puros e do controle. Os maiores teores de P percolado no perfil foram com SPT, seguido dos fosfatos reativos (FNB e FNM) com 50% de acidulação contendo zeólitas na formulação. Todos os fertilizantes aumentaram os teores de P lábil e moderadamente lábil no perfil do solo. No experimento de casa de vegetação avaliou-se a eficiência agronômica relativa (EAR) dos fertilizantes, durante 45 dias de cultivo de milho. As fontes produzidas a partir dos fosfatos reativos (FNB e FNM) com 50% de acidulação foram as que se mostraram mais promissoras, com EAR maior que 74% quando comparadas com o SPT. No segundo estudo avaliou-se a difusão e solubilidade de nove produtos, sendo três FNs (FNA, FNB e FNM) misturados a três proporções de substâncias húmicas - SHs (2,5; 5 e 10% (m/m)). Devido a pouca variação observada entre os FNs em ensaios laboratoriais (similares ao estudo um), no cultivo do milho foi avaliado apenas o efeito da associação do FN de Marrocos (FNM) com as SHs. Os resultados comprovaram que a associação dos FNs com as SHs não é uma alternativa viável, devido aos baixos índices de difusão e solubilização e a baixa EAR dessas fontes na produção do milho.