Projeto Quebra-Anzol, Minas Gerais: estudo de continuidade e mudança tecnológica intersí­tios na cultura material cerâmica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Moreira, Melina Pissolato
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/71/71131/tde-07112019-162045/
Resumo: A presente dissertação de mestrado apresenta um estudo instersítios da cerâmica arqueológica proveniente dos sítios pré-coloniais Prado, Silva Serrote, Inhazinha, Menezes, Rodrigues Furtado, Rezende, Antinha, Pires de Almeida e Santa Luzia, localizado no vale do Paranaíba, regiões do Alto e Médio Paranaíba e Triângulo Mineiro, extremo oeste do Estado de Minas Gerais. A documentação cerâmica analisada foi evidenciada e coletada de maneira sistemática pelo Projeto Quebra Anzol, que atua na área desde 1980, sob coordenação da Profa. Dra. Márcia Angelina Alves. Esta pesquisa objetivou a identificação de continuidade e inovação aos níveis morfológicos e tecnológicos, pela análise das cadeias operatórias e sistemas tecnológicos, associados a exames arqueométricos. Os resultados obtidos apontam convergências na técnica acordelada, tratamento de superfície, tipo de queima (fogueira rasa) e forma dos vasilhames, indicando continuidade das técnicas de manufatura e manutenção das práticas culturais. Além disso, também evidenciam dois sítios com inovações técnicas: sítios Antinha e Inhazinha Zona 1. No sítio Antinha os indícios apontam interações com povos indígenas do tronco Tupi, evidenciadas por meio da presença de pintura vermelha sem engobo nas superfícies internas e externas dos vasilhames e boa seleção dos grãos da pasta argilosa. Na Zona 2 do sítio Inhazinha, cujas datações mais recentes remetem ao período pós-contato, as evidências indicam continuidade da cadeia de produção cerâmica, porém com mudanças decorrentes do contato com o mundo colonial, como uso de fornos escavados para queima, inovações na morfologia, como bases planas e apliques, decoração incisa com indicação da etnicidade Cayapó Meridional, inexistentes até então.