Estudo arqueométrico dos sítios arqueológicos Inhazinha e Rodrigues Furtado, Município de Perdizes/MG: da argila à cerâmica... possíveis conexões entre os vasilhames cerâmicos e as fontes argilosas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Magalhães, Wagner
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/71/71131/tde-08062015-110548/
Resumo: A presente pesquisa, partiu de uma problemática relacionada ao conceito de cadeias operatórias e propôs avaliar a existência de conexões entre os vasilhames e as fontes de matéria prima, além de constatar o emprego de tempero enquanto dado cultural na pasta cerâmica, buscando suporte para obtenção de respostas numa ampla gama de análises arqueométricas. Desenvolvida nos sítios Inhazinha e Rodrigues Furtado, localizados no município de Perdizes no Triângulo Mineiro, a pesquisa evidenciou uma nova zona arqueológica para o sítio Inhazinha, que se caracteriza por um sistema de produção cerâmica composto por três fornos escavados, associado a um horizonte cultural (agricultores ceramistas históricos) até então desconhecido para a região de estudo. Datada em 212±19 anos AP (AMS-CENA-USP/SP), e 190±30 anos AP (C14-BETA/EUA), tal assentamento, se constitui de uma nova ocupação relacionada aos Cayapós Meridionais que viveram na região do Triângulo Mineiro até o final do século XIX. Os vestígios encontrados, revelam não só as características socioculturais do grupo, mas também demonstram processos de \"interação\" decorrentes do inevitável contato com o homem branco. Os resultados obtidos por meio de estudos arqueométricos demonstram que os vasilhames cerâmicos não possuem correlação com as fontes argilosas evidenciadas no entorno de cada um dos sítios arqueológicos. Constatou-se a ocorrência de tempero enquanto dado cultural na cerâmica da Zona 02 do sítio Inhazinha, constituído pela inserção de materiais granulados de formas hexagonais e retangulares, aparentando ossículos de peixe que ao serem analisadas por meio da microscopia eletrônica de varredura - MEV, confirmou se tratar de material orgânico calcinado com alto teor de carbono.