Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Abrantes, Thiago da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-07102016-173255/
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Resumo: |
Esta dissertação pretende fazer uma discussão sobre o desenvolvimento da clínica freudiana e dos impasses que surgiram no percurso de Freud que o levaram a desenvolver diferentes formulações da elaboração psíquica, Verarbeitung e Ducharbeitung. Temos como objetivo circunscrever as condições históricas, teóricas e técnicas que conduziram à emergência e desdobramentos de duas formulações da elaboração psíquica (Verarbeitung e Durcharbeitung) na obra freudiana até 1918, apontar as relações destas com o manejo da transferência e da resistência na clínica psicanalítica a partir discussão dos casos clínicos freudianos Emmy, Miss Lucy, Katharina, Elisabeth Von R., Dora e Homem dos Ratos e apresentar a relação entre a perlaboração e a elaboração associativa, demonstrando que a superação de resistências leva à admissão afetiva. Realizamos uma leitura e análise histórico-conceitual dos textos freudianos, baseadas nas orientações laplanchianas. Na Comunicação Preliminar (1893), texto escrito por Breuer e Freud, encontramos a primeira formulação da elaboração psíquica (Verarbeitung). Ela é apresentada como o trabalho que o aparelho psíquico realiza com o intuito de integrar as excitações que chegam até ele, estabelecendo entre elas elos associativos. A partir dos casos freudianos Emmy, Miss Lucy, Katharina e Elisabeth Von R., apontamos que a definição e o objetivo da elaboração associativa não mudaram no pensamento freudiano, mas para fazer com que ela aconteça, Freud promoveu importantes alterações técnicas em sua clínica. A elaboração associativa (Verarbeitung) é um trabalho fundamentalmente intrapsíquico e está relacionada, no decorrer do desenvolvimento da obra freudiana, com a função de transmitir e ligar a energia oriunda da pulsão. Esta é um processo intrapsíquico de remoção do excesso de investimentos, promovendo o encadeamento representacional pela admissão de afetos conflituosos.A partir dos impasses transferenciais que Freud enfrentou com Dora, uma consequência dupla incidiu sobre a constituição de qualquer situação analítica: o próprio espaço clínico pode impor dificuldades nas associações e recordações do sujeito e será na maneira do analista intervir transferencialmente que a superação das resistências acontece e a rememoração de experiências traumáticas se torna possível. Já no caso do Homem dos Ratos, a transferência tornou-se o principal fator de uma análise, sendo ela o ponto de partida para qualquer intervenção do analista, buscando fazer com que o próprio sujeito supere suas resistências. A perlaboração (Durcharbeitung) surgiu no pensamento freudiano como o trabalho e o esforço que o sujeito precisa realizar para vencer as resistências, ela é um meio pelo qual é possível remeter as repetições em análise à recordação, estabelecendo possibilidades de integrar as excitações do psiquismo devido à dinâmica conflituosa oriunda do afeto. Por fim, discutimos que a elaboração associativa relaciona-se a um processo intrapsíquico e associativo. Já a perlaboração relaciona-se com a superação das resistências, sendo um processo transferencial e interpsíquico. Nossa hipótese é que a perlaboração leva a elaboração associativa, uma vez que é pela superação das resistências que a admissão de uma representação recalcada se torna possível |