Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Marcio Luis Soares |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-25042024-144834/
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Resumo: |
A epilepsia é um transtorno recorrente da atividade cerebral caracterizada por uma descarga simultânea e intermitente da atividade elétrica de regiões do encéfalo e que levam às múltiplas formas de apresentação clínica da doença. O uso de drogas anticonvulsivantes é o mais efetivo para a maioria dos casos, entretanto, considera-se que cerca de 30% desses pacientes podem apresentar alguma resistência ao tratamento medicamentoso ou mesmo, serem totalmente resistentes às medicações anticrises. Neste contexto, a hemisferectomia ou hemisferotomia pode ser considerada, em casos selecionados, para aqueles pacientes com convulsões iniciadas em um hemisfério cerebral que apresente uma anormalidade estrutural pré-existente. Metodologia: foi realizado um estudo descritivo retrospectivo, no qual foram selecionados 52 pacientes submetidos a técnica de hemisferotomia para tratamento da epilepsia de difícil controle no período de 1999 a 2020, através da revisão de prontuários com ênfase nos dados referentes às técnicas intraoperatórias, intercorrências no pós-operatório e a eficiência no controle das crises avaliada no acompanhamento ambulatorial com a escala de Engels. Resultados: dos pacientes que fizeram parte do estudo 61,9% eram do sexo masculino e 38.1 % do sexo feminino. Em relação a etiologia das doenças, a mais prevalente foi a síndrome de Rasmussen diagnosticada em 46.9% dos casos. A hemisferotomia peri-central core foi utilizada em 43% dos pacientes, enquanto a hemisferotomia padrão foi realizada em 57% dos pacientes. No acompanhamento ambulatorial, todos os pacientes submetidos à hemisferomia peri-central core foram classificados como Engel I, enquanto no grupo padrão, 60.70% dos pacientes eram assim classificados (p=0,001). No grupo submetido à hemisferotomia peri-central core, 8.10% dos pacientes apresentaram complicações no pós-operatório imediato, incidência bem inferior que aos 14.40% de complicações observadas nos pós-operatórios das cirurgias de hemisferotomia padrão (p=0,714). Conclusão: os resultados permitem concluir que a técnica de hemisferotomia peri-central core, em relação ao controle das crises convulsivas e às complicações pós-operatórias, demonstram ser um tratamento seguro, eficaz e, também, acrescenta alguns benefícios em relação à hemisferotomia padrão |