Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Antonio Nogueira de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-03102014-145831/
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Resumo: |
Introdução. As hemisferectomias são cirurgias utilizadas há décadas para se tratar epilepsias refratárias à medicação anticonvulsivante. Embora o controle das crises seja satisfatório, a morbidade, per e pós-operatória, ainda é considerada um importante fator limitante à sua utilização. Dessa maneira, compreender as complicações mais comuns do procedimento, e os fatores que as influenciam, é essencial para se estabelecer o melhor uso para a técnica. Métodos. Foram coletados dados de 30 pacientes, operados por seis cirurgiões no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo no período entre 1980 e 2003. Foram realizadas 11 hemisferectomias com a abordagem de Rasmussen, três hemisferectomias anatômicas, nove hemisferectomias funcionais extraventriculares e sete hemisferotomias. Foram estudados cinco grupo de pacientes de acordo com a fisiopatologia da doença de base: Dezesseis pacientes eram portadores de Síndrome de Rasmussen, dois da Síndrome de Sturge-Weber, quatro de malformações corticais, dois de lesões sequelares e seis de cistos porencefálicos. Os fatores de morbidade foram avaliados dentro de rês perspectivas: 1- da doença de base; 2- da técnica utilizada; e 3- do fator humano. Resultados. Nossos dados mostraram ausência de diferença estatisticamente significativa entre as técnicas cirúrgicas empregadas nos itens: tempo cirúrgico; tempo de internação na unidade de terapia intensiva; queda da hemoglobina; volume de hemoderivados transfundidos e febre no pós-operatório. Presença de leucograma acima de 15.000 leucócitos/mm3 no pós-operatório imediato foi associada a estadias mais longas na unidade de terapia intensiva A média diária de temperatura dos pacientes, mostrou temperaturas acima de 38º C entre o terceiro e sexto dia pós-operatório. Pacientes com hemimegalencefalia apresentaram temperaturas mais elevadas quando comparados com os portadores de cistos porencefálicos. Doenças com maior manto cortical contribuíram para aumentar o tempo cirúrgico, embora o fator humano tenha sido decisivo nesse item. Ao comparar nossos achados com os da literatura, vimos que os pacientes submetidos à hemisferectomia anatômica apresentaram no pós-operatório temperaturas mais elevadas e reação inflamatória liquórica mais intensa que os submetidos a técnicas de desconexão hemisférica, no entanto, a importância desse dado necessita ser estabelecida. Conclusões: O principal fator de morbidade nas hemisferectomias é a doença de base, assim, os dados presentes na literatura, incluindo nossa casuística, não nos permite concluir que uma técnica seja superior à outra ou que as técnicas desconectivas sejam melhores que as ressectivas |