Variantes da manobra de epley no tratamento da vertigem postural paroxística benigna de canal posterior em idosos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: André, Ana Paula do Rego
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-26062008-083913/
Resumo: A Vertigem Postural Paroxística Benigna (VPPB) é a mais comum das vestibulopatias periféricas, principalmente em idosos e apresenta como etiologia mais comum nessa população à degeneração da mácula utricular. Caracteriza-se por tontura rotatória e nistagmo posicional à mudança de posição da cabeça ou por determinada posição do corpo e, como conseqüência, pode ocorrer quedas e limitações na qualidade de vida dos mesmos, e torná-los limitados físico e emocionalmente. O presente estudo teve como objetivo comparar a eficácia das variantes da manobra de Epley, para que se possa promover ao paciente, cada vez mais, tratamentos rápidos, eficazes e confortáveis. Participaram do estudo 53 voluntários com hipótese diagnóstica otorrinolaringológica de VPPB de canal semicircular posterior por ductolitíase, com faixa etária entre 60 e 91 anos, com média de 67,19 anos. Quanto ao gênero, 38 (71,7 %) eram do sexo feminino. Os pacientes foram distribuídos de forma aleatória em três grupos, conforme tratamento pré-estabelecido, ou seja, no Grupo A, 23 pacientes foram submetidos à manobra de Epley associada ao uso do colar cervical e orientações pós-manobra, enquanto no Grupo B, 15 pacientes foram submetidos à manobra de Epley sem uso do colar cervical e/ou restrições pós-manobra. Por fim, no Grupo C, 15 pacientes foram submetidos à manobra de Epley associada com o uso de um mini vibrador, aplicado na mastóide durante a manobra, sem uso de colar cervical e/ou restrições pós-manobra. No tratamento da VPPB por meio da reabilitação vestibular o número de manobras de Epley variou de uma a três, sendo que este número não foi diferente entre os Grupos estudados. Aplicou-se o questionário (Dizziness Handicap Inventory - DHI brasileiro) pré e pós RV para quantificar a tontura quanto aos aspectos: físico, emocional, funcional e geral. Sobre estes aspectos observou-se diferença estatisticamente significativa (p<0,0001) entre todos os escores pré e pós RV para os três grupos avaliados, embora não se encontrou diferença significativa dos escores entre os grupos estudos, com exceção da diferença média entre o Grupo A e o Grupo B dentro do tempo pós (p=0,009). Concluímos que os escores dos aspectos avaliados no DHI brasileiro melhoraram após intervenção fonoaudiológica pela RV nos pacientes idosos com VPPB de canal semicircular posterior, o que ocasionou impacto na qualidade de vida dos voluntários idosos estudados. Conclui-se ainda que o tratamento realmente válido para a VPPB neste estudo foi à manobra de Epley, sem restrições associadas.