Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Coró, Bárbara Vieira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17150/tde-05012017-125435/
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Resumo: |
A reabilitação vestibular sofre influências das doenças metabólicas na resposta final do tratamento. Os processos sistêmicos podem afetar negativamente na adaptação vestibular, levando a uma resposta parcial ou ainda ausência de resposta. Este estudo caracterizou a tontura de origem metabólica em pacientes tratados com reabilitação vestibular, identificando aspectos auditivos, otoneurológicos e aspectos da doença metabólica envolvida. O procedimento da pesquisa foi baseado em análise de questionários de pacientes com diagnóstico de tontura de origem metabólica, entre os anos de 2002 a 2014. Os resultados revelaram a ocorrência de doenças metabólicas em 55%(N=55) da população com a diabetes sendo a principal (N=28), seguida de hipotireoidismo (N=24) e colesterol (N=18), sendo que 15%(N=15) apresentaram essas doenças associadas. A queixa associada de zumbido e hipoacusia foi relatada por 46 pacientes. O padrão audiológico encontrado foi perda auditiva do tipo sensórioneural (42%N=42). A resposta de hiporreflexia unilateral foi a mais frequente (38% N=38). Os fármacos vasodilatadores foram os mais usados pelos pacientes deste estudo com destaque para o dicloridrato de betaistina (32% N=32). Não houve correlação entre tipo de tontura e resposta labiríntica. Houve correlação entre zumbido e hiporreflexia unilateral (r=0,9 p=0,02) e entre a associação de zumbido com hipoacusia e hiporreflexia unilateral (r=0,9 p=0,02). O grupo tratado com reabilitação vestibular isolada apresentou melhora significativa com nove meses (p=0,01). O grupo tratado com reabilitação vestibular e medicamentos apresentou melhora significativa com 45 dias (p=0,01). O grupo em uso de um fármaco não apresentou melhora significativa. O grupo em uso de vários fármacos apresentou melhora significativa com 45 dias (p=0,03). Conclui-se que a ocorrência de doenças metabólicas foi de 55% sendo a mais frequente a Diabetes. O zumbido e a hipoacusia foram relatados por 46% da população. Perda auditiva do tipo sensórioneural foi o padrão audiológico encontrado. Hiporreflexia unilateral foi à 9 resposta labiríntica mais frequente. Os fármacos vasodilatadores foram os mais utilizados pelos pacientes desse estudo. Houve correlação entre manifestações auditivas e hiporreflexia unilateral. Não houve correlação entre o tipo de tontura e resposta labiríntica. A reabilitação vestibular associada a uso de medicamentos no tratamento da tontura resultou em melhora dos sintomas de forma imediata, não colaborando para compensação em longo prazo. A reabilitação vestibular isolada no tratamento da tontura resultou em melhora dos sintomas com o efeito do tempo. As interações medicamentosas foram benéficas para alívio imediato da tontura, porém não contribuiu para compensação em longo prazo. |