Efeitos sedativos e cardiorrespiratórios da dexmedetomidina administrada em diferentes doses pela via intravenosa em jumentos Nordestinos (Equus asinus)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Fonseca, Mariana Werneck [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/157060
Resumo: O objetivo principal do estudo foi avaliar os efeitos sedativos e cardiorrespiratórios da dexmedetomidina administrada pela via intravenosa em três diferentes doses em asininos Nordestinos. Na metodologia foram utilizadas seis jumentas, adultas (idade entre 3 e 5 anos), hígidas, com peso 132 kg ± 14 kg, provenientes da tropa da FMVZ- Unesp Botucatu. Os efeitos sedativos e comportamentais foram avaliados através da variação da altura da cabeça (HHAG), grau de ataxia, escala visual analógica (VAS) e respostas aos estímulos tátil (membro pélvico, torácico e orelha), auditivo e visual. Adicionalmente, foram analisadas as variáveis cardiorrespiratórias, frequência cardíaca (FC), pressão arterial sistólica (PAS) e frequência respiratória (FR), além de temperatura retal (Tº) e motilidade gastrointestinal (MGI). Cada animal recebia um dos quatro tratamentos que consistiam em: controle com solução fisiológica 0,9% (SAL), dexmedetomidina 3 μg/kg (D3), dexmedetomidina 5 μg/kg (D5) e dexmedetomidina 7 μg/kg (D7). As variáveis de sedação e cardiorrespiratórias foram registradas aos 5, 10, 20, 30, 45 e 60 minutos após a realização de cada tratamento. Dois avaliadores experientes também analisaram posteriormente a qualidade de sedação pela observação de registros em vídeo. Os dados normais foram analisados por medidas repetidas ANOVA sendo que as médias foram avaliadas pelo teste de Tukey (p > 0,05). Os testes de Friedman e de Dunn´s (p > 0,05) foram utilizados para a análise das variáveis que não apresentaram distribuição normal. A redução na HHAG foi significativa em comparação aos valores basais, em todos os tratamentos dexmedetomidina (até 45 minutos), e entre os tratamentos SAL e D7. Do mesmo modo se comportou a escala VAS in situ, em que todos os tratamentos dexmedetomidina causaram elevação dos escores. O grau de ataxia in situ apresentou diferenças em relação ao T0 com o tratamento D5 (momentos 5, 10 e 20 minutos). Entretanto, a mesma variável na avaliação ex situ, apresentou aumento significativo no tratamento D5 (momentos 5, 10 e 20 minutos). A avaliação de estímulos externos in situ e ex situ, não apresentou diferenças com exceção do estimulo auditivo in situ com relação ao T0 no tratamento D7 (momento 10). A FC, PAS e FR apresentaram redução significativa em relação aos valores basais em todos os tratamentos dexmedetomidina. A MGI apresentou diminuição significativa nos tratamentos D5 e D7 entre os momentos 5 e 60 minutos. Desta maneira, pode-se concluir que a dose de 5 e 7 μg/kg de dexmedetomidina são adequadas em circunstâncias clínicas para procedimentos curtos de até 30 minutos.