Afta: experiência clínico-patológica e casuística do Ambulatório de Estomatologia do Departamento de Dermatologia da FMUSP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Pinto, Nathalia Targa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5133/tde-01062023-122939/
Resumo: Afta é doença inflamatória cuja manifestação mais comum é a presença de ulcerações orais dolorosas recorrentes, sendo considerada a doença da mucosa oral mais frequente. Trata-se de processo multifatorial, cuja causa não é completamente conhecida. Acredita-se que esteja envolvido na gênese da afta uma alteração de reatividade mucocutânea, sendo essa de causa sistêmica. O presente estudo tem como objetivo avaliar os doentes com diagnóstico de afta atendidos no Ambulatório de Estomatologia do Departamento de Dermatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), em um período de 15 anos (01 de janeiro de 2003 a 31 de dezembro de 2017). Através da análise retrospectiva de prontuários, foram identificadas as características clínicas das lesões, a presença de manifestações inflamatórias concomitantes em outras áreas do tegumento, as doenças sistêmicas associadas, os tratamentos realizados, bem como as características histopatológicas das ulcerações aftosas orais. Foram avaliados os dados de 125 doentes. Desses, não foi observado predileção por sexo, a maioria (42,4%) teve início dos sintomas entre 20 e 39 anos e, em relação à morfologia, as lesões de afta maior foram as mais encontradas. Foi identificado um número relativamente alto de doentes com lesões extraorais, assim como manifestações inflamatórias concomitantes (eritema nodoso, foliculite, uveíte ou artrite) e doenças sistêmicas associadas, principalmente, doença de Behçet, doença inflamatória intestinal, doentes transplantados e indivíduos portadores de HIV. Na maioria dos doentes foi utilizado tratamento sistêmico para as aftas e os principais achadas histopatológicos foram ulceração do epitélio associada a exsudato fibrinoleucocitário. Na lâmina própria, observou-se infiltrado inflamatório composto por neutrófilos e linfócitos, edema intersticial, além de alterações vasculares, como vasodilatação, edema endotelial e congestão vascular