Prevalência da síndrome de behçet em pacientes portadores de ulceração aftosa recorrente no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Tunes, Roberto Santos
Orientador(a): Santiago, Mittermayer Barreto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública.
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34857
Resumo: A síndrome de Behçet (SB) é uma entidade clínica caracterizada pelo aparecimento de úlceras orais e genitais recorrentes, além de um amplo espectro de manifestações clínicas. Tem sido mais freqüentemente vista em países como Turquia e Japão, mas também no Brasil, embora não existam dados epidemiológicos consistentes no nosso país. O objetivo do presente estudo é avaliar a prevalência da SB em pacientes portadores de ulceração aftosa recorrente (UAR), testando-se a hipótese de que a SB poderia estar sendo subdiagnosticada no nosso meio. Esta é uma investigação transversal da prevalência da SB em pacientes portadores de UAR atendidos no serviço de Estomatologia da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (Salvador-Bahia) entre agosto de 2006 e agosto de 2007. O primeiro estágio identificou os indivíduos com UAR dentre todos os pacientes examinados no ambulatório; o segundo estágio examinou criteriosamente os pacientes com UAR para identificar os pacientes com a SB. Foram atendidos 306 pacientes no ambulatório, no período do estudo, mas o questionário padrão foi aplicado em 50 (16,6 por cento) pacientes, 29 homens e 21 mulheres, identificados como portadores de UAR. Apenas um paciente preencheu os critérios internacionais para diagnóstico da SB [/ntemational Study Group for Behcet's Disease (ISGBD)}, apresentando UAR do tipo menor e complexa, úlceras genitais recorrentes, manifestações cutâneas, articulares, oculares, vasculares, hipoacusia e febre, definindo-se uma prevalência de 2 por cento de SB nesse subgrupo de pacientes. No Brasil não existem dados relativos à prevalência ou incidência da SB, porém a doença tem sido observada em diferentes regiões do país. No presente estudo, a freqüência de 2 por cento SB nos portadores da UAR demonstra a necessidade de que outros estudos de base populacional sejam desenvolvidos no nosso meio para que a real prevalência dessa condição seja definitivamente estabelecida.