Da imprensa alternativa às redes sociais: uma análise comparativa entre notícias ficcionais no Pasquim e no Sensacionalista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Jorge Filho, José Ismar Petrola
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27154/tde-24082021-214118/
Resumo: Desde seu surgimento, o jornalismo da grande imprensa existe em diálogo com diversas manifestações de jornalismo alternativo, como a imprensa alternativa de resistência à ditadura militar (1964-1985) e, atualmente, manifestações de jornalismo alternativo em sites, blogs e redes sociais, que muitas vezes misturam jornalismo, ativismo e entretenimento. Nos últimos anos, também ganhou destaque a disseminação de fake news - notícias intencionalmente enganosas, cuja falsidade pode ser provada, e que visam ao confronto entre diferentes ideologias. Por outro lado, é preciso lembrar que notícias com elementos ficcionais também podem ser usadas como forma de paródia e crítica ao jornalismo. Nesta tese, fazemos uma análise comparativa entre manifestações de notícias ficcionais na imprensa alternativa e em sites e redes sociais. Foram selecionados 50 exemplares do jornal O Pasquim publicados entre 1970 e 1979 e a produção do site O Sensacionalista entre 2018 e 2019, comparados quanto a temas, gêneros, mídias e mediações. A partir desta análise, observa-se que O Pasquim faz uso de notícias ficcionais como paródia do jornalismo, criticando a ditadura militar, a censura e a grande imprensa, enquanto no Sensacionalista predomina a paródia como infoentretenimento. Embora nos dois casos haja elementos ficcionais nos textos analisados, estes não constituem notícias fraudulentas ou fake news, mas manifestações de humor no jornalismo. O jornalismo alternativo também se distingue das fake news pelo alcance, pelas formas de mediação nas quais ocorre e por sua não vinculação com o poder.