Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Hampel, Juliana Florentino |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8150/tde-10112017-115950/
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Resumo: |
O presente trabalho discute a veiculação da voz da imaginação criativa por perspectivas oriundas da anormalidade no enredo de dois romances portugueses contemporâneos: Jerusalém, de Gonçalo M. Tavares e O vento assobiando nas gruas, de Lídia Jorge. Por meio da análise comparativa da trajetória das protagonistas Mylia Busbeck e Milene Leandro, procura se apontar a soberania do discurso médico-científico como parâmetro máximo de avaliação da saúde mental, e, desta forma, de incidência de um poder desolador sobre a vida dessas personagens, com vistas à desumanização. Como suporte teórico, este estudo utiliza as obras de Michel Foucault sobre a ordem do discurso e a loucura, na tentativa de compreender o percurso das formações discursivas dos considerados anormais no Ocidente. Opta-se, ainda, por pensar a linguagem a partir da filosofia nietzschiana, entendida como ato de força, quando a função da literatura é encontrar a expressão múltipla do devir. Para além desses pensadores, fez-se necessário uma pequena incursão na obra de Emmanuel Lévinas, a fim de discutir a questão dos afetos como possibilidade de exercício da ética. |