Ação de nanopartículas de prata sobre neoplasias mamárias de cadelas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Leocadio, Juliana Albuquerque
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10132/tde-04052023-101432/
Resumo: As neoplasias mamárias estão entre as principais causas de morte tanto em mulheres quanto em cadelas. Os carcinomas mamários são complexos por apresentarem comportamento distinto, mesmo entre tumores de mesma origem. Contudo, cadelas são importantes modelos para o estudo do câncer, por possuírem características de proliferação celular similares às que ocorrem em mulheres, e por desenvolverem tumores de forma espontânea. Neste contexto, o desenvolvimento de moléculas capazes de bloquear o avanço desta proliferação de forma específica, e com o mínimo de danos às células não tumorais é crucial para a qualidade de vida das pacientes. As nanopartículas de prata (AgNPs) biogênicas trazem esta inovadora proposta, tendo demonstrado, em estudos anteriores, alta especificidade para tumores. Além disso, podem ser produzidas a partir de fungos, os quais são organismos de fácil manipulação, proporcionando rapidez e baixo custo na produção. O presente estudo, teve como objetivo investigar a atividade antitumoral das AgNPs sobre as células de carcinoma misto mamário canino, por meio de ensaio MTT; analisar mudanças morfológicas mediante o tratamento, por meio de microscópio de luz; analisar apoptose (caspase 3) pela técnica de imunofluorescência. Admitiu-se a hipótese que as AgNPs biogênicas promovessem ação antitumoral, reduzindo ou eliminando as células neoplásicas, com efeitos adversos mínimos, melhorando a qualidade de vida do paciente durante o tratamento. Células derivadas de carcinoma misto mamário e fibroblastos foram cultivados para a investigação da ação antitumoral das AgNPs biogênicas. As AgNPs foram sintetizadas a partir dos fungos extremófilos Aspergillus tubingensis (AgNP-AT) e Bionectria ochroleuca (AgNP-BO) e após comprovada sua estabilidade, estas foram então utilizadas nos ensaios sobre as células tumorais. Os resultados da presente investigação demonstraram que o tratamento com as AgNPs reduziram a viabilidade celular e a proliferação das células de carcinoma mamário, evidenciados pela alteração da morfologia celular. Essas perderam seu formato alongado, e tornaram-se arredondadas, sugerindo que tenham sofrido apoptose. Tais indícios corroboram com os resultados obtidos pela técnica de imunofluorescência, uma vez que houve redução da proliferação celular, seguida de aumento da apoptose. Por fim, é importante ressaltar que o ensaio MTT realizado nos fibroblastos indicaram a preservação da viabilidade de células não tumorais. Estudos sobre moléculas com potencial para produção de novos fármacos contra o câncer são essenciais, pois atualmente, os tratamentos são agressivos às células saudáveis, condição propícia a fortes efeitos colaterais. Assim, as AgNPs podem ser uma opção relevante neste contexto.