Realismo científico : uma defesa particularista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Bruno Malavolta e
Orientador(a): Carvalho, Eros Moreira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/224014
Resumo: A defesa explicativista do realismo científica baseia-se no sucesso da atividade científica. Em contraste, o realismo local propõe que a postura realista deva ser justificada de modo contextual, considerando individualmente a evidência científica para cada teoria. Defendo que tais abordagens possam ser harmonizadas a partir de uma epistemologia particularista. A apreciação do realismo local como uma atitude particularista permite reavaliar sua relação com a defesa explicativista do realismo científico. Realistas locais têm rejeitado a defesa explicativista como incompatível com a postura localista, mas segundo o particularismo, nossa atribuição de conhecimento à casos particulares é feita de modo prima facie, e pode ser ponderada e aprimorada através da formulação e avaliação de normas epistêmicas. Podemos formular critérios de justificação inspecionando casos particulares de conhecimento. E podemos avaliar empiricamente a adequação de nossos critérios ajustando-os às nossas atribuições particulares de conhecimento, seguindo o processo de equilíbrio reflexivo. A função dos critérios epistêmicos não é a de provar que temos conhecimento, mas a de revelar a natureza de tal conhecimento. Isso é o que a defesa explicativista do realismo faz. Nesta tese, apresento uma defesa particularista do realismo científico, mostrando como tal postura pode se manter razoável perante os principais argumentos antirrealistas: a indução pessimista; o problema das alternativas não concebidas; e o argumento da subdeterminação da teoria pela evidência.