Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Nascimento, Rafael Teixeira do |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100142/tde-05092022-101003/
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Resumo: |
O diabetes gestacional (DG) incide sobre 12-18% das gravidezes, com prevalência quatro vezes maior em mulheres obesas. Alterações na fisiologia do tecido adiposo têm sido relacionadas ao desenvolvimento de doenças metabólicas como o DG. Além disso, alterações hormonais importantes parecem também estar envolvidas na fisiopatologia da doença. Objetivo: Estudar os efeitos da incubação com hormônios esteroides progesterona e 17-estradiol combinados ou não aos ácidos graxos palmítico, esteárico e oleico sobre aspectos da fisiologia de células produtoras de insulina. Métodos: Foram utilizadas células produtoras de insulina da linhagem INS-1E e RIN-m5F. As células foram tratadas com diferentes concentrações do ácido palmítico (AP), por 24 ou 48h e para a análise dos efeitos dos hormônios esteroides, AP, AE e AO foram pré-incubadas com os ácidos graxos, por 24h, e em seguida tratadas com uma de duas combinações dos hormônios progesterona e estradiol (C1: concentrações hormonais em grávidas saudáveis; C2: concentrações observadas em grávidas com DG), por 24h adicionais. Ensaios de citometria avaliaram os parâmetros celulares de integridade de membrana plasmática e fragmentação de DNA e ensaios de espectroscopia de fluorescência avaliaram a produção de espécies reativas de oxigênio e a taxa de proliferação celular. Resultados: O AP apresentou efeito tóxico sobre ambas as linhagens e se mostrou dose- e tempo-dependente, e em células RIN-m5F, esse ácido graxo foi mais tóxico que AO e AE. Já na linhagem INS-1E, o efeito mais lesivo foi do AO (75%), seguido de AP (60%) e AE (20%). Em ambas as linhagens, AP se mostrou um potente indutor de fragmentação do material genético da célula. Fora o grupo de tratamento combinado de AO com C1 (AO+C1) para a linhagem INS-1E, nenhum outro grupo-teste apresentou indução de espécies reativas de oxigênio (e nenhum, no caso de células RINm5F). Os resultados na linhagem INS-1E apontam para um efeito indutor de proliferação do ácido esteárico enquanto o grupo tratado com AO apresentou redução na taxa de proliferação. A combinação de AP e AE (mas não AO) com os hormônios sexuais aqui estudados mostrou um efeito positivo significativo, embora discreto. Na linhagem RINm5F, o grupo tratado com AO também apresentou redução dessa taxa.Conclusões: Os resultados sugerem a correção da hipótese segundo a qual o efeito combinado de progesterona em alta concentração (240nM) em combinação com estradiol (13nM) e ácidos graxos tem um importante papel na toxicidade e morte de células . Os resultados ampliam o corpo de evidências que atestam o possível efeito citotóxico de lipídios combinados a hormônios da gravidez no DG |