Lignina purificada na dieta de ruminantes: impacto no desempenho e saúde de ovinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Bezerra, Helena Viel Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74131/tde-24102019-173745/
Resumo: Este estudo foi conduzido com o objetivo de avaliar a influência da lignina purificada como aditivo em dietas com elevada proporção de concentrado sobre desempenho, morfometria ruminal, características da carne e estresse oxidativo em cordeiros. Foram utilizados trinta e dois cordeiros cruzados da raça Dorper X Santa Inês com peso vivo inicial e idade de 23±6,3 kg e 60 dias, respectivamente. Os animais foram mantidos em baias individuais, alimentados com dieta composta por 10% de volumoso (feno de capim \"coastcross\") e 90% de concentrado, e distribuídos em delineamento de blocos casualizados em um dos quatro tratamentos: controle (CTL), sem aditivos, monensina (MON), onde receberam a ração CTL e MON (15 mg/kg MS), lignina kraft (LKR), recebendo ração CTL contendo LKR(12,5 g/kg MS); e selênio e vitamina E (SeE), que consistiu na ração CTL com Selênio (Se) e vitamina E (0,33 mg/kg e 100 UI/kg, respectivamente). Os cordeiros tiveram o peso mensurado a cada 14 dias. Amostras de sangue foram coletadas antes do início dos tratamentos, aos 29 e 54 dias de estudo, para avaliar a atividade de enzimas antioxidantes. Após 55 dias de confinamento, os animais foram abatidos e a incidência de rumenites e morfometria de papilas foram avaliadas, bem como características de carcaça, da carne e vida de prateleira. Os dados foram analisados pelo modelo MIXED procedure do SAS 9.3, com nível de significância de 5%. Nenhum efeito dos tratamentos foi observado sobre o desempenho ou características de carcaça. Os cordeiros que consumiram LKR tiveram maior incidência de rumenites (P=0,03). Não houve interação entre tempo e tratamentos, nem efeito dos tratamentos sobre a atividade da maioria das enzimas avaliadas, no entanto, aos 29 dias de estudo, observou-se maior atividade de peroxidases no LKR em comparação ao MON (P = 0,005) e SeE ( P = 0,015). Aos 29 dias de estudo, níveis mais baixos de catalase foram observados no MON em comparação com o CTL (P = 0,030). Aos 54 dias, o MON apresentou menor atividade comparado ao SeE (P = 0,042). Para vida de prateleira, o SeE foi efetivo em manter a baixa oxidação lipídica, uma vez que apresentou os menores valores em todos os tempos de avaliação (P = 0,005). Não houve ação protetiva da lignina Kraft sobre a mucosa da parede ruminal e nenhum efeito positivo no desempenho, porém apresentou aumento da atividade das peroxidases.