Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Nogueira, Cristiane de Andrade |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-14062017-112253/
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Resumo: |
Tornou-se cada vez mais desafiadora a busca dos profissionais por adequar o trabalho e a carreira ao seu modo de viver, visando integrar sua atividade profissional às diferentes necessidades da vida familiar e pessoal. As questões financeiras e os ajustes familiares aumentaram a necessidade de mulheres também contribuírem para o aumento da renda familiar, sendo necessária a participação mais ativa dos homens no trabalho doméstico e nos cuidados com seus filhos. Notícias na mídia relacionadas à ampliação da licença paternidade no Brasil têm sido destaque para reflexões sobre esse tema nas empresas. Entretanto, ainda há um número restrito de estudos sobre a experiência dos homens em relação à paternidade no contexto de trabalho. Considerou-se nesta dissertação a concepção da paternidade numa abordagem construcionista social, que não pode ser compreendida sem a articulação com a maternidade e com a cultura em que está inserida. Como fundamentação teórica, foram apresentados também estudos e pesquisas sobre integração entre vida profissional e familiar, carreira, relações de gênero no ambiente de trabalho e licença parental. Com o propósito de ampliar o conhecimento acerca dos benefícios e conflitos da paternidade na carreira, foi realizada uma pesquisa descritiva e quantitativa com uma amostra não probabilística de 113 profissionais pais, em relação conjugal heterossexual e com pelo menos um filho de até 18 anos de idade. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário eletrônico. Para a análise dos dados, utilizaram-se técnicas de análise estatística descritiva, testes não paramétricos (Kruskall-Wallis H e Jonckheere-Tepstra) e análise multivariada (análise fatorial exploratória). Foi feita também uma breve análise qualitativa referente à parte final do questionário, uma vez que os respondentes tiveram a oportunidade de acrescentar comentários espontâneos sobre os benefícios e conflitos da paternidade na vida pessoal, familiar e profissional. A maior parte dos achados confirmou as pesquisas internacionais que evidenciam a mudança do papel do pai que era somente um provedor financeiro para outro de maior envolvimento com os filhos. Além disso, os resultados da análise estatística revelaram associações significativas entre a paternidade e as questões de carreira. Foram constatados benefícios como maior satisfação, realização, mudança na visão de sucesso e também conflitos como a falta de flexibilidade para desenvolver a carreira, maior responsabilidade e complexidade na atividade profissional, bem como a necessidade de se trabalhar mais tempo para aumentar a renda familiar. Os resultados também destacam a importância da cultura organizacional e da postura da liderança em relação às práticas e políticas relacionadas às questões familiares no ambiente de trabalho. |