Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Corrêa, Ana Cândida Lopes |
Orientador(a): |
Meincke, Sonia Maria Könzgen |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/12939
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Resumo: |
O pai ocupa um lugar especial na evolução psicológica dos seus filhos, assim como pode implicar modificação psíquica para si mesmo. Estas modificações podem estar vinculadas ao significado social daquilo que o filho representa para ele. Observa-se que, apesar de todas as particularidades que podem acompanhar o processo da paternidade, este assunto vem sendo foco de estudos há pouco tempo. A aproximação dos estudiosos, da mídia e até mesmo dos homens com a temática pode estar atrelada às modificações no contexto sociocultural e econômico contemporâneo. Assim, o presente estudo de abordagem qualitativa teve como objetivo compreender as experiências de homens/pais na construção da paternidade contemporânea a partir do Modelo Bioecológico de Urie Bronfenbrenner. O estudo foi aprovado pelo CEP com o nº 65726117.0.0000.5316. Participaram do estudo onze homens. O ponto de partida para a seleção dos participantes ocorreu em uma escola no Município de Rio Grande/RS. A coleta dos dados se deu com a entrevista narrativa, genograma e o Mapa Mínimo das Relações, os quais foram realizados em locais acordados entre os participantes e a pesquisadora, do mês de março de 2017 a maio do mesmo ano. O procedimento para coleta de dados ocorreu por amostra intencional. A análise dos dados embasou-se no referencial teórico de Urie Bronfenbrenner, e metodológico, em Fritz Schütze. A partir da análise do conhecimento surgiram as categorias: Processo da construção paterna na contemporaneidade; Papel de pai ou papel de mãe versus cooperação parental; e Reflexões e sentimentos paternos na contemporaneidade. Os homens deste estudo exercitavam a paternidade de forma participativa, tinham uma relação de coparentalidade, ou seja, tanto o pai como a mãe tinham responsabilidades semelhantes no cuidado e educação do filho. A inserção da mulher no mercado de trabalho foi um marco importante para os homens do estudo se aproximarem dos filhos e assumirem uma paternidade mais participativa. As mulheres depositaram confiança em seus maridos, abrindo espaço para que eles se descobrissem cuidadores. O microssistema familiar também teve influência na forma como esses homens se desenvolveram pais, grande parte dos participantes pôde ter o exemplo de um pai participativo, e outros, a ausência, o que influenciou esses pais a exercerem a paternidade de forma diferente e não propagarem aos seus filhos sentimentos de ter um pai ausente. Observou-se que alguns homens se sentiam confusos quanto aos papéis que desempenhavam por acreditarem que muitas vezes estavam exercendo os papéis de suas esposas. A temática paternidade contemporânea necessita ser abordada em diferentes contextos em que as famílias circulam, a fim de mostrar as funções do pai dentro do ambiente familiar, quebrar diversos tabus e conceitos que ainda são fortes e podem distanciar o envolvimento afetivo e participativo do homem com os filhos. |