O transporte público em uma estratégia de avaliação da resiliência na mobilidade urbana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Azolin, Luiza Gagno
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18144/tde-14052020-122955/
Resumo: O objetivo deste estudo é inserir o transporte público em uma estratégia para avaliação da resiliência na mobilidade urbana, diante de uma eventual restrição na oferta de combustível, em uma situação em que estivessem disponíveis apenas os modos ativos e o transporte público. A partir de dados de uma Pesquisa Origem e Destino e dos itinerários do sistema de transporte público de uma região, propõe-se que sejam elaborados cenários com diferentes Distâncias Máximas Possíveis (DMPs) para os modos a pé e bicicleta e com variadas condições de funcionamento do transporte público. Então, em cada cenário, as viagens necessárias e essenciais são classificadas em persistentes, excepcionais, adaptáveis ou transformáveis, sendo as três primeiras categorias apontadas como resilientes. O nível de resiliência na mobilidade urbana é determinado pela proporção de viagens resilientes em relação do total. Assim, é possível analisar a influência da inserção do transporte público na resiliência em diferentes circunstâncias e identificar as rotas que devem ser priorizadas em uma situação de crise. Além disso, um código-fonte em linguagem Python foi elaborado para ser utilizado como ferramenta na aplicação dessa estratégia. Os resultados obtidos com a realização de dois estudos de caso, um na cidade de São Carlos-SP e outro na Região Metropolitana de Maceió (RMM)-AL, comprovam a importância da inserção do transporte público neste tipo de análise. Considerando apenas uma linha de transporte público em operação, no cenário mais pessimista, obteve-se um ganho de resiliência de 21,4% e 17,0% nas regiões estudadas, respectivamente. As análises da distribuição espacial das viagens e da relação entre as categorias de viagens e a renda associada ao viajante apresentaram grande potencial para identificação de padrões e vulnerabilidades, o que mostra que a abordagem proposta pode ser utilizada como um instrumento no planejamento da mobilidade urbana.