Efeito da calagem e do manuseio e conservação de amostras de solo sobre frações de nitrogênio determinadas por diferentes métodos

• Ano de defesa: 1993
• Autor(a) principal: Mattos Junior, Dirceu de
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: AMOSTRAS DE SOLO; CALAGEM; MILHO; NITROGÊNIO
• Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20231122-100951/

Um estudo foi conduzido para estabelecer os procedimentos mais adequados de manuseio e armazenamento de amostras de solo, para N inorgânico e frações do N orgânico mineralizável determinado por diferentes métodos. Amostras de solo com umidade natural ou secas, armazenadas em diferentes embalagens e temperaturas foram analisadas em dois experimentos ao longo de 35 ou 349 dias. Os resultados obtidos indicaram que, para as amostras armazenadas com umidade natural de coleta no campo e mantidas a -15°C em sacos plásticos, os teores do N-NH4+ e do N-NO3- não variaram significativamente por um período de 349 dias após a amostragem do solo. O armazenamento de amostras com umidade natural em geladeira provocou alterações significativas, em uma ou duas semanas, nos teores de amônio e nitrato, não sendo, portanto, recomendável. A secagem ao ar mostrou-se eficiente para prevenir alterações no N-NO3- - especialmente nas amostras armazenadas em geladeira - mas não no N-NH4+. No entanto, amostras secas ao ar armazenadas por cerca de 15 ou 20 dias em sacos de plástico em geladeira e, por cerca de 7 dias, em caixas de papelão à temperatura ambiente, apresentaram uma variação máxima de 3 mg kg-1 de N-NH4+. Para o N-NO3, esse mesmo limite de variação foi conseguido com amostras armazenadas secas ao ar em geladeira por vários meses. A menor variabilidade de resultados de N-NH4+ produzido por incubação anaeróbia foi conseguida nas amostras de solo armazenadas em geladeira com a umidade natural, mas o tempo de armazenamento parece não poder exceder 7 dias. Mesmo assim, a variabilidade dos resultados foi maior que a observada nas determinações de N inorgânico. Não foi possível definir um método adequado para a preservação das amostras para a determinação do N-NH4+ extraído pelo método do KCl a quente e pelo método do H2O2/MnO2, em virtude da baixa reprodutibilidade dos resultados em dias diferentes, nas condições testadas. Outro estudo, que visou a determinação da correlação entre índices de disponibilidade de N no solo e a absorção de N pelo milho, foi conduzido em casa de vegetação, com vinte amostras de solos, corrigidas ou não com calcário. O N inorgânico prontamente disponível mostrou a maior correlação com o N absorvido pelo milho (r = 0,98), embora o N-NH4+ produzido por incubação anaeróbia, o N-NH4+ extraído pelo método do KCl 2 M a quente ou do KCl/NaOH, e o N total do solo tenham sido também bons métodos de avaliação da disponibilidade de N no solo (r > 0,64). Resultados pouco consistentes foram obtidos com o método do H2O2/MnO2 e com o C orgânico do solo. O N avaliado pelos métodos testados foi pouco afetado pela calagem aplicada às amostras de solo.