Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1980 |
Autor(a) principal: |
Camargo, Antonio Pereira de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20240301-143637/
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Resumo: |
A importância da acidez dos solos em São Paulo é evidenciada pelo fato de quase a metade do Estado apresentar valores de pH abaixo de 5,5. Embora a calagem tenha um efeito residual reconhecido, são raros os estudos em que os efeitos dessa prática agrícola tenha sido avaliada durante vários anos. No presente trabalho foram estudados níveis de calagem bastante elevados, procurando-se avaliar o efeito imediato e durante três anos para a cultura do milho, com o objetivo de poder comparar diversas maneiras de estimar a necessidade de calagem e para determinar o retorno econômico devido a essa prática agrícola. Também foi avaliado o efeito de níveis das adubações fosfatada e nitrogenada. Instalou-se um experimento em área pertencente à Estação Experimental de Mococa, em solo Podzólico Vermelho Amarelo-orto. Os níveis de calcário foram calculados com base em curva de neutralização do solo incubado com CaC03p.a., e as quantidades determinadas de calcário foram de 0, 3, 6 e 9 t/ha. O calcário usado foi o dolomítico, com PRNT de 54%. Foram realizadas adubações básicas nos três anos de cultivo, aplicando-se no plantio 10 kg/ha de N, 60 ou 120 kg/ha de P205, 30 kg/há de K20 e 10 kg/ha de ZnSO4. Em cobertura usou-se 50 ou 110 kg de N/ha. O milho usado foi o da variedade HMD 7974. Amostrou-se o solo em pontos isolados na profundidade de 0-20 cm a os 30 e 60 dias após aplicação do corretivo. Amostragens compostas na profundidade de 0-20 cm, foram feitas antes do primeiro plantio e de 0-20 cm e 20-40 cm, antes do segundo e terceiro plantios. Foram coletadas amostras de folhas aos sessenta dias após o 3º plantio. Foram feitas analises químicas dos solos, eterminando-se: valor pH, matéria orgânica, PO3-4, K+, Ca2+ e Al3+ e determinou-se através das análises químicas das folhas os teores de N, P, K, Ca e Mg. Observaram-se aumentos do valor pH apenas na profundidade de 0-20 cm pela aplicação de doses mais elevadas de calcário, isto é, de 6 e 9 t/ha. Quanto aos teores de cálcio e magnésio, houve diferenças significativas ao nível de 5% entre as doses de 0, 3 e 6 t/ha de calcário no primeiro ano de cultivo, para os dois últimos anos houve diferenças significativas entre todas as doses na profundidade de 0-20cm e praticamente não houve variação dos teores de cálcio na profundidade de 20-40 cm; entretanto foi observada variação nos teores de magnésio na profundidade de 20-40 cm. Quanto à eliminação do alumínio trocável a níveis considerados baixos para o bom desenvolvimento das plantas, observou-se que a partir da dose de 3 t/ha de calcário tal efeito se fez sentir. A calagem elevou consideravelmente a produção de milho em todos os anos de cultivo, não se verificando decréscimos de produções quando se usou ate 9 t/ha de calcário. Correlações entre produção de milho e teores de elementos encontrados nas análises do solo e folhas mostraram dois fatos interessantes: no primeiro, mesmo quando a análise do solo não revelar a presença de alumínio trocável, existe a possibilidade de aumentos de produções pelo emprego de maiores quantidades de calcário, e o segundo e mostrado pela análise foliar onde indicou correlações altamente significativas entre os teores de magnésio na folha (r=0,951**) e produção de milho. Observou-se que mesmo pela aplicação de doses mais elevadas de calcário, que no presente trabalho foram ate de 6 e 9 t/ha, o retorno econômico no 3º ano ultrapassa a Cr$ 4,00 em cada Cr$ 1,00 aplicado |