Narrativa e indeterminação: uma leitura de Acenos e afagos, de João Gilberto Noll

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Nór, Gabriela Ruggiero
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-29072019-145738/
Resumo: A presente tese se dedica a examinar alguns aspectos do romance Acenos e afagos, de João Gilberto Noll, publicado em 2008. A obra, que privilegia a ambiguidade e a indeterminação, é narrada em primeira pessoa por um personagem que, ao longo do texto, não sabe se está morto ou vivo. Passando por uma transformação corporal, operada discursivamente, o narrador tampouco pode afirmar se é um homem ou uma mulher. A partir de elementos como o foco narrativo, o discurso do narrador, a construção de personagens e a configuração do tempo no texto em exame, é possível verificar estratégias formais que colaboram para a construção de uma narrativa indeterminada. Analisamos, portanto, tais elementos, articulando-os à não causalidade do enredo, bem como a temas centrais do romance, como a morte e o relacionamento amoroso. Alguns conceitos mostram-se especialmente produtivos para o estudo de Acenos e afagos: a situação-limite, o limiar e o excesso, que se relacionam tanto com os conteúdos trabalhados no enredo do romance, quanto com procedimentos estéticos utilizados pelo autor, visando a preservar a indeterminação na obra.