Prostaglandina E2 inibe a diferenciação de células Th17 no contexto de fagocitose de células apoptóticas infectadas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, Felipe Fortino Verdan da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17147/tde-07012016-154146/
Resumo: A fagocitose de células apoptóticas, também denominada eferocitose, é um processo dinâmico e de fundamental importância para homeostase dos tecidos após uma injúria. Estudos demonstraram previamente que a fagocitose de células apoptóticas promove a síntese de mediadores anti-inflamatórios como PGE2, TGF-? e IL-10, podendo resultar num microambiente supressor e aumento da susceptibilidade do hospedeiro contra agentes infecciosos. Entretanto, a fagocitose de células apoptóticas infectadas por células dendríticas promove a geração não apenas de citocinas anti-inflamatórias como TGF-?, mas também de IL-6 e IL-23, levando a um efeito imunoestimulador, a diferenciação de células Th17. A atuação da PGE2 na imunidade adaptativa vem sendo investigada quanto à diferenciação e ativação de linfócitos Th1, Treg e Th17. Nossos resultados demonstram que a fagocitose de células apoptóticas infectadas com E. coli promove a ativação e migração de células dendríticas, assim como a produção de citocinas pró- e anti-inflamatórias e altos níveis de PGE2. No entanto, diferente da hipótese inicial, a presença de altas concentrações de PGE2 inibe drasticamente a diferenciação de células Th17 no contexto de fagocitose de células apoptóticas infectadas com E. coli por células dendríticas, in vitro. O tratamento de linfócitos T CD4+naive com antagonistas e agonistas de EP2/EP4 demonstram que o efeito supressor de PGE2 é mediado primordialmente pelo receptor EP4. Por fim, nossos resultados in vivo comprovam os resultados obtidos in vitro, demonstrando o papel supressor de PGE2 na diferenciação de células Th17 no contexto de fagocitose de células apoptóticas infectadas em modelo de infecção pulmonar.