Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Dejani, Naiara Naiana |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17147/tde-05012017-130402/
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Resumo: |
A fagocitose de células apoptóticas promove a síntese de mediadores como o fator de transformação de crescimento (TGF-β), a prostaglandina E2 (PGE2) e a interleucina-10 (IL- 10), importantes para a diferenciação de células T reguladoras (Treg). No entanto, a fagocitose de células apoptóticas infectadas, por células dendríticas, resulta na síntese de citocinas, tais como TGF-β, IL-6 e IL-23, que sabidamente favorecem a diferenciação de linfócitos T heper 17 (Th17). Resultados preliminares obtidos por nosso grupo demonstram que, além destas citocinas, a PGE2 também é produzida durante a eferocitose de células infectadas, no entanto, nada se sabia até o momento quanto ao envolvimento deste prostanóide no processo de diferenciação de linfócitos Th17. Desta forma, a hipótese deste trabalho fundamentou-se no estudo do mecanismo de sinalização intracelular pelo qual a PGE2, via receptor E prostanóide (EP), estaria envolvida na diferenciação de linfócitos Th17, no contexto da eferocitose. Os resultados apresentados demonstram que além da produção de TGF-β e IL-6, a fagocitose de células apoptóticas infectadas com Escherichia coli, por células dendríticas, induz a síntese de altos níveis de PGE2 e IL-1β, previamente descritos como indutores de Th17. Entretanto, diferente da nossa hipótese original, a presença da PGE2 inibiu a diferenciação de linfócitos Th17, uma vez que a ausência deste prostanóide resultou no aumento da porcentagem e número de linfócitos Th17. O tratamento de linfócitos T CD4+ naive com antagonistas e agonistas de EP2/EP4 demonstrou que o efeito supressor da PGE2 é mediado primordialmente pelo receptor EP4, via ativação de cAMP e PKA. Além disso, o eixo PGE2-EP4 modulou negativamente a expressão do receptor de IL-1β (IL-1R), comprometendo, desta forma, a diferenciação de Th17. Ainda, in vivo, no modelo de colite infeciosa por Citrobacter rodentium, a inibição da síntese da PGE2 ou o bloqueio do receptor EP4 resultou no aumentou da população de linfócitos Th17 e da expressão de peptídeos antimicrobianos no cólon, além de uma drástica redução na carga bacteriana. Por fim, o conjunto destes resultados demonstram que a PGE2, via EP4-PKA-IL-1R, suprime a diferenciação de linfócitos Th17, in vitro e in vivo, e desvenda um mecanismo inédito na modulação da resposta imune adaptativa de linfócitos Th17 promovido pela PGE2, no contexto da eferocitose. |