Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Regicely Aline Brandão |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-22112010-191706/
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Resumo: |
Introdução No Brasil a obesidade é um importante problema de saúde pública com prevalência mais elevada em mulheres do que em homens. A gestação e o período pós-parto são momentos críticos devido à ocorrência de ganho ponderal excessivo na gravidez e retenção de peso pós-parto. Objetivos Estudar a influência da paridade sobre o IMC em mulheres brasileiras com idade entre 20 e 49 anos .Investigar o possível efeito de modificação do poder aquisitivo,escolaridade e utilização do SUS sobre a associação entre paridade e IMC. Métodos Foram analisados dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde 2006, inquérito que utilizou amostragem complexa representativa de todo o território brasileiro. A associação entre o fator de estudo (paridade: 0,1,2, 3 e + ) e o desfecho (IMC) foi testada mediante análise de regressão linear. O efeito ajustado do fator de estudo sobre o IMC foi avaliado em modelo múltiplo contendo como variáveis de controle: idade, classes de poder aquisitivo ABEP (A+B1, B2+C+D e E), e escolaridade (<8 e 8 anos de estudo completo). Para testar as interações de interesse foram realizados modelos múltiplos, em separado,incluindo três variáveis que combinam paridade dicotômica (nulíparas e demais) com poder aquisitivo,escolaridade e utilização do SUS.Foram considerados significativos valores de p inferiores a 0,05. Resultados Das 13.087 mulheres investigadas foram excluídas do estudo 14,4 % (gestantes, mulheres com filhos menores de 6 meses e aquelas com dados incompletos para peso e altura). A análise foi conduzida em uma amostra de 11.961 mulheres, levando-se em consideração a estrutura complexa da amostra. A média de IMC para o conjunto das mulheres brasileiras foi de 25,6 Kg/m2 (IC95%: 25,4 - 25,8). O IMC médio foi maior entre as pertencentes à classe de poder aquisitivo intermediária (B2,C,D) e baixa (E). Observou-se elevação do IMC com o aumento do número de filhos e idade. Na análise ajustada,confirmou-se a associação positiva entre paridade e IMC (p de tendência < 0,001). Dentre as interações testadas foi estatisticamente significativa a existente entre poder aquisitivo,paridade e IMC. As mulheres com um filho ou mais pertencentes à classe intermediária de poder aquisitivo quando comparadas às nulíparas da classe alta, apresentaram um incremento de 1,40 unidades de IMC (IC95% : 0,64 2,19 p < 0,001 ). Nas demais classes (A+B1) e (E) não foi detectada associação estatisticamente significativa entre paridade e IMC.Conclusões Nas mulheres brasileiras,a paridade exerce influência positiva sobre o IMC após controle de variáveis de confundimento. Detectou-se interação entre poder aquisitivo, paridade e IMC: o efeito da paridade é estatisticamente significativo apenas nas mulheres da classe intermediária de poder aquisitivo (B2,C eD). |