Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Bezerra, Amanda Escobar |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-10062024-104018/
|
Resumo: |
Introdução: Com o processo inflamatório associado a diversos tipos de neoplasia, os pacientes podem evoluir com hiporexia, perda ponderal, sarcopenia e caquexia, influenciando diretamente na composição corporal, sobretudo depleção de massa muscular e no desfecho do tratamento. Estudos anteriores demonstram que grande parte dos pacientes já possuem um diagnóstico de sarcopenia antes da chegada ao acompanhamento ambulatorial, e isso pode ser um fator prognóstico no tratamento desses pacientes. Objetivos: Avaliar a prevalência de sarcopenia em pacientes com câncer em primeira consulta nutricional ambulatorial, e sua associação com indicadores clínicos, nutricionais e com mortalidade. Metodologia: O estudo retrospectivo avaliou dados de prontuários eletrônicos de pacientes com câncer em seguimento nutricional ambulatorial entre 2017-2020, em sua primeira consulta. Foram coletados dados clínicos, sintomas de repercussão nutricional, de composição corporal e parâmetros de funcionalidade, além das informações sobre óbitos. Os participantes foram divididos em grupos de sarcopênicos e não sarcopênicos, segundo os critérios diagnósticos do Consenso Europeu de Sarcopenia (2019). Resultados: No grupo de 74 prontuários avaliados a prevalência de sarcopenia observada em primeiro atendimento foi de 74% e este grupo tinha 3,9 mais chances de entrar em cuidados paliativos. Cada valor a mais em algumas variáveis, reduzia significativamente a chance de apresentar sarcopenia: em circunferência da panturrilha (-32%), peso em 1ª consulta (-11%), índice de massa corporal pelo IMC (-37%), índice de massa gorda (-24%) e índice massa livre de gordura (-75%). A porcentagem de óbitos no grupo avaliado foi de 48%, com uma taxa de sobrevida média estimada de 70,9 meses após o diagnóstico. Conclusão: Medidas de composição corporal e antropometria mostraram associação significativa com sarcopenia, aumentando a chance de ser sarcopênico. Apesar de não significativo, o diagnóstico de sarcopenia e menor valor de massa muscular apresentaram uma forte tendência a diminuir a taxa de sobrevida, um indicativo da importância de uma avaliação nutricional mais precoce e assertiva para prevenir o desenvolvimento de sarcopenia e melhorar o prognóstico da doença. |