Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Grazia, Gabriela Avila de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5155/tde-30052023-112455/
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Resumo: |
A relação entre infecção persistente de papilomavírus humano (HPV) de alto risco e o desenvolvimento de certos tipos de câncer está bem estabelecida. No entanto, alternativas terapêuticas para infecções e tumores causados por esses vírus são limitadas. Anteriormente, nosso grupo encontrou motivos peptídicos, a partir de um immunescreening de uma biblioteca de Phage display heptapeptídica circular baseada no fago M13, utilizando soros de participantes positivas para HPV provenientes de um estudo prospectivo de HPV e neoplasia cervical. Quatro peptídeos enriquecidos foram encontrados e, um deles, PEP1, foi selecionado para estudos posteriores. As imunizações de camundongos portadores de tumor HPV-16 positivo (linhagem celular TC-1) realizadas com o fago recombinante PEP1 (ØPEP1) resultou em redução do crescimento do tumor, onde essa redução foi associada a células T CD8 (SULAIMAN, 2017). Buscando caracterizar o mecanismo subjacente à atividade anti-tumoral observada, verificamos que ØPEP1 não se liga a linhagens celulares derivadas de tumores do colo uterino HPV positivas (SiHa e HeLa), mas possui a capacidade de se ligar a soros e plasmas derivados de mulheres com esfregaços de cérvice uterina HPV positivos e HPV negativos. A análise da sequência heptapeptidica de PEP1 mostrou que sua sequência é encontrada no CD40 humano, sugerindo que PEP1 poderia atuar como um mimotopo de CD40. Utilizando ferramentas de bioinformática, avaliamos o perfil de expressão de CD40 em tumores da cérvice uterina, onde verificamos que a expressão de CD40 é maior em carcinomas escamosos do colo do útero, quando comparado aos adenocarcinomas do colo uterino, carcinomas mucinosos e carcinomas endometrióides, estando associado a um melhor prognóstico. Em amostras de câncer da cérvice uterina, verificamos coincidência no padrão de marcação por imunohistoquimica entre ØPEP1 e CD40. A hipótese de que PEP1 poderia atuar como um mimotopo de CD40 foi testada em linhagens celulares que expressam o ligante de CD40 (CD40L), observando-se ligação específica do fago recombinante. A especificidade de ligação de ØPEP1 foi verificada por ensaios de competição com o anticorpo anti-CD40L. Em conjunto, esses dados sugerem que ØPEP1 pode atuar como mimotopo de CD40 |