Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Cintra, Ricardo Cesar |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/46/46131/tde-06092022-131156/
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Resumo: |
Nos últimos anos, houve um aumento na frequência dos casos de tumores de cabeça e pescoço apesar da diminuição do consumo do tabaco e álcool, e isso tem sido atribuído, em parte, à infecção pelo Papilomavírus Humano HPV. Por apresentar baixa sobrevida em 5 anos e ter alta morbidade, tem se buscado novos alvos moleculares para terapias combinadas. Nesse contexto nosso grupo identificou, através da tecnologia de Phage Display, uma sequência peptídica com interação preferencial por células tumorais com relação à células não transformadas, e ensaios adicionais identificaram seu alvo como sendo a proteína Stratifin. Stratifin tem sido reportado como um oncogene em diversos modelos tumorais, entretanto seu papel em carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço (CCECP) permanece desconhecido e poucos trabalhos na literatura reportam sua atividade em CCECP e/ou outro tumores relacionados ao HPV. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi explorar o potencial valor clínico e o papel biológico da Stratifin em CCECP. Dados do perfil de expressão e de metilação assim como dados clínicos foram extraídos em base de dados do The Cancer Genoma Atlas TCGA. Paralelamente, o perfil de expressão de Stratifin foi verificado através de ensaios de RT/qPCR e Western Blot em um painel de linhagens celulares de CCECP que contempla as principais características moleculares para esses tipos tumorais. A partir da observação de que todas as linhagens expressam Stratifin, utilizou-se a tecnologia de CRISPR/Cas9 para modular sua expressão (nocauteando ou superexpressando o gene) de modo a se observar parâmetros relacionados ao processo tumorigênico. Dessa forma, foi possivel verificar os efeitos da Stratifin em ensaios de proliferação, viabilidade após tratamentos com quimioterápicos, irradiação, crescimento livre de ancoragem e clonogenicidade. Como resultados, observamos que expressão aumentada de Stratifin no tecido tumoral quando comparado ao tecido normal, foi positivamente relacionada com o grau histológico, negatividade para HPV, mutação em TP53 e CDKN2A. Biologicamente, o nocaute de Stratifin foi relacionado com maior sensibilidade à quimioterápicos, menor capacidade de formação de colônias, e reduzida capacidade de crescimento livre de ancoragem. Esses resultados sugerem que Stratifin atue como um oncogene em CCECP, entretanto ensaios adicionais devem ser realizados para corroborar esse achados. |