Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Tamiasso, Renata Souza Souto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-11112024-111452/
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Resumo: |
Introdução: As práticas integrativas e complementares em saúde contribuem para o rol de possibilidades de intervenções não-farmacológicas. Dentre elas, destaca-se a musicoterapia com um quantitativo elevado de publicações científicas, inclusive de revisões sistemáticas, com foco principal na redução de ansiedade, depressão, estresse e dor. Esses estudos na maioria das vezes utilizam a musicoterapia passiva e pouco abordam instrumentos de percussão. Objetivo: Este estudo teve por objetivo mapear o conhecimento científico sobre o uso de instrumentos de percussão do tipo membranofones em pessoas maiores de 18 anos no contexto de saúde. Método: Revisão de escopo da literatura desenvolvida com base na metodologia JBI. A busca dos estudos publicados foi realizada nas bases de dados: BVS, CINHAL, Cochrane, EMBASE, Epistemonikos, JBI, Prospero, PsychINFO, PUBMED, Scielo, ScienceDirect, Scopus, Web of Science, ETHOS e Teses e Dissertações CAPES, sem delimitação de recorte temporal. Critérios de inclusão: estudos que abordam o uso de instrumentos de percussão do tipo membranofones em pessoas maiores de 18 anos. Critérios de exclusão: editoriais de revista, intervenções realizadas com gestantes, pacientes psiquiátricos ou pessoas com déficit auditivo. A estratégia de busca utilizou a estrutura (music OR music therapy) AND (drum OR drumming OR percussion) NOT (skills OR coclear implants OR groove music). O processo de seleção foi realizado por dois pesquisadores independentes. A extração de dados utilizou instrumento baseado no formulário sugerido pelo manual JBI para obter as principais informações sobre a intervenção utilizada e os efeitos obtidos. Os dados foram apresentados seguindo as orientações do Prisma ScR para revisões de escopo. Resultados: Foram identificados treze estudos, publicados entre os anos de 1990 e 2020, sendo cinco estudos publicados nos Estados Unidos, dois na África do Sul, dois no Canadá, dois no Japão e dois no Reino Unido. Quatro estudos foram realizados em hospitais, três em instituições de longa permanência, um em uma clínica, um em um espaço para eventos corporativos, um em centro de gestão de saúde, um em sala de audição e dois estudos não identificaram o local da intervenção. Os estudos evidenciaram que através dos membranofones o indivíduo tem a oportunidade de repetir padrões rítmicos, criar a sua própria música, expressar suas emoções e sentimentos e interagir com o seu meio. Além disso, o uso de membranofones promove a socialização, a melhora nos níveis de estresse, ansiedade, depressão e bem-estar mental, contribui para a mudança do perfil pró-inflamatório para anti-inflamatório, ajuda a lidar com o fato de estar com câncer, ao mesmo tempo em que pode ser uma prática de exercício físico de baixa a moderada intensidade. A intervenção foi aplicada a diferentes grupos de participantes, como profissionais da saúde, pacientes e idosos. Dentre as condições clínicas, os participantes apresentavam 10 demência, Alzheimer, Parkinson, câncer e transtornos mentais comuns. A metodologia utilizada em quase todos os estudos foi a musicoterapia ativa, e o membranofone que aparece com mais frequência nos estudos foi o djembê. Conclusões: Os instrumentos de percussão do tipo membranofones viabilizam intervenções em grupo e ampliam a comunicação. Tendo em vista os benefícios e a viabilidade da musicoterapia ativa com membranofones em ambientes de assistência, esta revisão apoia a realização de estudos futuros para investigar os efeitos do uso de membranofones com metodologias robustas para a busca de evidências científicas na utilização de membranofones na prática terapêutica. |