Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Fabio Augusto Nogueira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/90/90131/tde-23112011-113516/
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Resumo: |
Ao longo das últimas décadas, os processos de liberalização da economia brasileira e avanço do ambientalismo geraram novas representações e políticas relativas à floresta e aos povos indígenas amazônicos. Dentro desse movimento, a comercialização de produtos florestais não madeireiros através, em alguns casos, de parcerias entre a Fundação Nacional do Índio e empresas passou a ser apresentada como uma ferramenta para o desenvolvimento indígena e para a conservação ambiental. Sob a perspectiva do etnodesenvolvimento, entretanto, a questão central que fundamenta a dissertação é se os regimes de produção, circulação e consumo engendrados por esse \'indigenismo público-privado\' são compatíveis com as economias políticas nativas. Para responder a esta questão, o estudo está baseado no caso dos Asuriní do Xingu, grupo Tupi incluído na parceria para a comercialização de óleo de castanha-do-pará entre a cooperativa Amazoncoop e a empresa britânica The Body Shop. A pesquisa de campo foi estruturada em dois níveis. No primeiro, por meio de entrevistas e conversas informais, foram levantadas informações sobre a história e a economia política da parceria. Os resultados obtidos evidenciaram que a parceria foi incapaz de romper com a assimetria de poder que caracteriza a relação entre os indígenas e a economia de mercado. No segundo nível, por meio de técnicas qualitativas (entrevistas, conversas informais, diagnóstico rural participativo) e quantitativas (surveys e observações de alocação de tempo), foram levantadas informações relativas à participação dos Asuriní na parceria, bem como os impactos da atividade sobre a economia doméstica. Nesse caso, a incompatibilidade entre o regime indígena e aquele fomentado pela parceria foi evidenciada pela escassez de alimentos no período da coleta; pela distribuição desigual dos recursos monetários entre os grupos familiares; pela acentuação do conflito entre dinheiro e reciprocidade e pelo incremento da dependência por bens industrializados. A diversidade, entretanto, das estratégias econômicas familiares, a incorporação do dinheiro pelas concepções indígenas de riqueza e a continuidade das atividades de subsistência são expressões de que a maior participação na economia de mercado tem como corolário não a \'aculturação\', mas uma transformação na forma como a sociedade indígena se reproduz. |