Análise comparativa entre vulnerabilidade energética e vulnerabilidade social nas áreas residenciais do município de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Melo, Alexandre Vastella Ferreira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8135/tde-10052023-180843/
Resumo: O acesso à energia ocorre de forma bastante desigual em grandes áreas urbanas, havendo uma relação direta entre as vulnerabilidades energética e social. Este estudo orienta-se pela hipótese de que, ao contrário do observado no padrão urbano mundial, estas vulnerabilidades não estão - ou pouco estão - correlacionadas no município de São Paulo. Esta pesquisa tem como objetivo comprovar esta hipótese por meio de uma análise comparativa entre vulnerabilidade energética e vulnerabilidade social, respectivamente mapeadas pelo Research Centre for Gas Innovation (RCGI) e pela Fundação Seade, para todas as áreas residenciais do município, evidenciando o grau de correlação entre estas. O estudo foi baseado no método Análise Hierárquica de Processos (AHP) e nas técnicas de Sistemas de Informação Geográfica (SIG), utilizando os setores censitários do Censo Demográfico de 2010 como base. Contudo, os resultados mostram que a hipótese foi parcialmente refutada, pois, enquanto nos extremos do município e nas periferias urbanas predominam valores altos para ambas as vulnerabilidades, com alta correlação; nas áreas centrais, destacam-se valores predominantemente baixos para as duas, também com alta correlação. As exceções à regra - e, portanto, nos poucos casos em que a hipótese foi corroborada - ocorreram em apenas cinco distritos dois noventa e seis da capital. Nestes poucos locais, a vulnerabilidade energética revelou-se superior à social por dois motivos principais: (1) a elevada densidade de árvores viárias que interferem negativamente na integridade física da fiação; e (2) a ausência relativa de áreas prioritárias - especialmente hospitais e presídios - que garantem a constância no fornecimento de energia elétrica. Constatamos que, ao contrário do esperado, as vulnerabilidades (energética e social) mostraram-se diretamente correlacionadas nas áreas residenciais paulistanas, o que está de acordo com o padrão observado em outras cidades do mundo. Portanto, a hipótese foi majoritariamente refutada.