Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Alexandre, Herta de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5134/tde-20072022-093941/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: As taxas de infecção pelo HIV entre homens que fazem sexo com homens permanecem elevadas, especialmente em países onde a epidemia se apresenta de modo concentrado em populações-chave. Com o intuito de diminuir a vulnerabilidade dessas populações à infecção, medidas combinadas de prevenção vêm sendo implementadas. Dentre essas, o autoteste é uma estratégia diagnóstica capaz de permitir a ampliação da cobertura de detecção da infecção, ao alcançar indivíduos que não procuram serviços de saúde para realização da testagem convencional. Dessa forma, o autoteste, como medida de autocuidado, pode contribuir para a promoção, proteção e realização de direitos. OBJETIVO: Analisar, na perspectiva dos direitos humanos, os significados atribuídos ao autoteste anti-HIV em fluido oral por homens que fazem sexo com homens e identificar os limites e potencialidades dessa estratégia na realização de direitos. MÉTODOS: Para este estudo com abordagem qualitativa, conduzido na cidade de São Paulo, foram convidados homens que fazem sexo com homens, com idade igual ou superior a 18 anos, que tivessem realizado o autoteste anti-HIV no âmbito de sua participação na pesquisa A Hora é Agora-SP. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada, utilizando-se abordagem que proporcionasse a emergência de discursos livres por parte dos entrevistados. Os depoimentos foram gravados, transcritos e analisados segundo a técnica de Análise de Conteúdo de Bardin. A síntese interpretativa do material empírico da pesquisa, baseou-se no referencial dos Direitos Humanos Aplicados à Saúde. RESULTADOS: A amostra estudada foi composta por 18 homens que fazem sexo com homens, dos quais 56% se encontrava na faixa etária entre 20 a 25 anos e 83% havia ingressado no ensino superior. Apenas um informou estar desempregado no momento da entrevista; 61% se considerou homossexual e 33% bissexual; 67% relatou ser sua orientação sexual assumida publicamente; apenas 11% informou nunca ter vivenciado alguma forma de preconceito, estigma ou discriminação; e 78% dos participantes já haviam realizado algum tipo de teste anti-HIV anteriormente. Na análise qualitativa dos depoimentos, emergiram quatro categorias: motivação para a realização do autoteste, acesso ao autoteste, confiança/desconfiança no autoteste, e sentimentos e percepções decorrentes da testagem. O autoteste demonstrou potencial em contribuir para a promoção, proteção e realização do direito à saúde (em seus componentes de acessibilidade e aceitabilidade), do direito à igualdade e à não discriminação, do direito à informação, do direito à tomada de decisão informada, do direito à privacidade e à confidencialidade, e do direito ao usufruto dos benefícios do progresso científico e suas aplicações. CONCLUSÕES: A vulnerabilidade de um grupo envolve múltiplas violações de direitos humanos ou sua não plena realização. Nossos resultados permitem concluir que o autoteste anti-HIV ajudaria a mitigar essa dimensão da vulnerabilidade ao contribuir para a promoção e a proteção de relevantes direitos humanos. O referencial dos Direitos Humanos aplicados à saúde mostrou-se útil para evidenciar as potencialidades e limitações de uma nova tecnologia como promotora de direitos, que deverão ser consideradas para a implantação do autoteste em larga escala no Sistema Único de Saúde |