Comportamento de risco de transmissão do HIV e uso de drogas psicoativas em uma população de homens que fazem sexo com homens

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Mathias, Augusto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HIV
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5137/tde-20102014-143507/
Resumo: Diversos estudos apontam que existe maior vulnerabilidade - em suas três dimensões, individual, social e programática - para aquisição de HIV em homens que fazem sexo com homens (HSH), e essa vulnerabilidade se potencializa quando avaliada em condições relacionadas ao uso de drogas psicoativas. Esse estudo explorou a relação entre o uso recreativo de droga psicoativa e sexo em população de HSH. Participaram da pesquisa 34 sujeitos selecionados em uma amostra de conveniência, os quais responderam questionário estruturado e semiestruturado sobre o uso de drogas e o comportamento sexual. O tamanho da amostra foi definido com base na técnica qualitativa de esgotamento de discurso. Foi utilizada análise descritiva para as questões quantitativas e análise de conteúdo para as questões qualitativas. Dos participantes, 91% (31) referiram uso drogas psicoativas. O álcool foi relatado por 94% (29) dos indivíduos, sendo o mais frequente entre as drogas licitas. A maconha, entre as drogas ilícitas, foi relatada por 58% (18). O uso intermitente do preservativo apareceu em 91% (31) das respostas. A mediana relatada de parceiros sexuais no mês anterior à pesquisa foi de 1,5 (P25-75:1-4). A análise de conteúdo mostrou uma percepção conservadora sobre a relação entre uso de drogas e sexo. O preservativo foi citado como a forma mais conhecida de prevenção. A utilização de drogas não pareceu ser o fator mais relevante associado às falhas relacionadas ao uso de estratégias de prevenção. O estudo mostrou que outros fatores, como capacidade de negociação com o parceiro, realizar oportunidades baseadas no risco e principalmente o desejo sexual, podem influenciar mais no não uso de preservativo do que as drogas psicoativas. Apesar de ter sido observada uma associação entre o uso de drogas psicoativas e a falha de prevenção no comportamento sexual de risco, fica evidente a necessidade de maior compreensão das variáveis envolvidas nesse processo para tornar mais efetivas as ações programáticas de prevenção de HIV e outras DSTs nessa população