Expressão gênica dos receptores de cortisol no músculo de bovinos Nelore e associação com características endócrinas, metabólicas e qualidade da carne

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Silva, Barbara
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74131/tde-26042013-140118/
Resumo: O estresse provoca alterações significativas no metabolismo dos animais, provocando a liberação de hormônios glicocorticoides. Estas alterações do metabolismo têm efeito anabólico sobre o metabolismo proteico muscular, podendo afetar os processos bioquímicos de transformação do músculo em carne. O presente trabalho teve como objetivo geral (i) verificar as relações entre variáveis endócrinas e metabólicas associadas ao estresse e características indicadoras de qualidade da carne, em animais castrados e não-castrados; (ii) avaliar a expressão gênica dos receptores mineralocorticoide (MR) e glicocorticoide (GR) em variáveis endócrinas, metabólicas e relacionadas à qualidade da carne de bovinos Nelore castrados e não-castrados. Para tal, 130 animais foram abatidos entre os anos de 2009 e 2011. Amostras de sangue foram coletadas antes e depois do abate para mensuração das concentrações de ACTH e cortisol. Amostras do músculo Longissimus dorsi foram coletadas durante os abates para mensuração do glicogênio e lactato, bem como, para análises de expressão gênica (RT-qPCR). Para as análises de maciez, foram coletadas amostras maturadas por um, sete e 14 dias. Para expressão gênica foram determinados os genótipos dos animais para três marcadores relacionados ao MR (MR1_1, MR1_2 e MR1_3) e dois ao GR (GR2_1 e GR2_2), por meio de PCR em tempo real. Foi verificado que animais castrados apresentam pH 24 horas menores e carnes mais macias ao sétimo e 14º dias de maturação, bem como, concentrações de cortisol (in vivo e post mortem) e lactato significativamente superiores aos animais não-castrados. O marcador MR1_3 apresenta expressão gênica significativamente diferenciada. Os animais com genótipo GA apresentaram 57,27% mais transcritos quando comparados aos animais GG. A expressão gênica do MR e GR foi significativamente relacionada às concentrações de cortisol in vivo e post mortem, porém não influenciou as concentrações de ACTH (in vivo e post mortem), glicogênio e lactato. A expressão gênica do MR e GR não foi relacionada às características indicadoras da qualidade da carne.