Estratigrafia de seqüências na Formação Tombador, Grupo Chapada Diamantina, Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Castro, Marilia Rodrigues de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44136/tde-16112015-145611/
Resumo: A região da Chapada Diamantina é formada por rochas sedimentares do Meso a Neoproterozóico muito bem expostas e preservadas. Nela ocorrem os grupos Rio dos Remédios, Paraguaçu e Chapada Diamantina, inseridos no Supergrupo Espinhaço em sua parte baiana. Este trabalho tem como enfoque o estudo da Formação Tombador, a qual constitui o intervalo basal do Grupo Chapada Diamantina. A Formação Tombador apresenta contato erosivo com a Formação Guiné sotoposta, e contato gradacional com a Formação Caboclo sobrejacente. O principal objetivo dessa tese foi o estudo e compreensão da história evolutiva da Formação Tombador na região de Lençóis, por meio de análise faciológica seqüencial de seções colunares de superfície, e de cronocorrelação dessas seções, utilizando-se da Estratigrafia de Seqüências. Foram descritas 20 fácies sedimentares agrupadas em 16 associações faciológicas relacionadas aos seguintes sistemas deposicionais: leque aluvial, leque subaquoso, fan delta estuarino, fluvial torrencial, fluvial, fluvial costeiro, eólico, litorâneo, deltaico tipo Gilbert, frente deltaica, planície deltaica/marinho, marinho/frente deltaica, estuarino/marinho, estuarino distal/marinho, marinho (barra de marés) e marinho shoreface. O intervalo inferior da Formação Tombador pode ser subdividido em cinco seqüências deposicionais. Cada seqüência é formada por sistemas fluviais, relacionados ao nível de base baixo, e por sistemas estuarinos (canais) a marinhos (trato de sistemas transgressivo). Em outras seqüências, o trato de nível baixo pode ser representado por sistemas flúvio-estuarinos ou fluviais com marinhos subordinados. O trato de sistemas transgressivo é formado de sistemas estuário distal e marinho, ou eólico e litorâneo. Parte dessas seqüências está presente no perfil do Pai Inácio, onde também foram reconhecidas seqüências de alta freqüência (4a ordem), e uma grande espessura de depósitos marinhos (barra de marés). O intervalo superior consiste de quatro tectonosseqüências deposicionais. Cada uma é formada basicamente por um trato de sistemas de nível de base baixo a transgressivo; com a sucessão de sistemas de leque aluvial, fluvial e eólico. Os sistemas fluviais fluíam preferencialmente para oeste, enquanto os ventos apresentavam forte tendência para norte/nordeste. O último ciclo do intervalo superior, ou seja, a última tectosseqüência da Formação Tombador foi investigada em detalhe com o levantamento de quatro perfis. O ciclo inicia-se com uma sucessão transgressiva; sistema de leque aluvial sobreposto por sistemas fluvial e deltaico-marinho. Para o sul (Rio Capivara), estes últimos sistemas gradam respectivamente a sistemas de leque subaquoso e marinho de tempestades. Sucede a fase regressiva com sistemas deltaicos e fluviais e localmente litorâneos-eólicos e fluviais (Rio Mucugezinho, ao norte). O ciclo finaliza com nova fase transgressiva, com sistemas flúvio-estuarinos e costeiros evoluindo para o sistema marinho Caboclo.