Caracterização estratigráfica e estrutural da sequência vulcano-sedimentar do grupo São Roque - na região de Pirapora do Bom Jesus - Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1988
Autor(a) principal: Bergmann, Magda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44131/tde-22072015-084459/
Resumo: Mapeamento geológico em escala 1:25.000 foi desenvolvido na região de Pirapora do Bom Jesus, São Paulo, na sequência vulcano-sedimentar do Grupo São Roque de idade do Proterozóico Inferior a Médio. O Grupo São Roque ocorre na região mapeada em uma grande estrutura sinclinorial (Sinclinório de Pirapora) que compreende rochas metamórficas do fácies xisto verde. Através do levantamento de perfis estruturais de detalhe, com o emprego de estruturas geopetálicas, foi efetuado o empilhamento dos litotipos da sequência, e são propostas três unidades litoestratigráficas formais: Formação Pirapora, basal ao Grupo São Roque, representada por uma pilha de rochas metavulcânicas e sub-vulcânicas de caráter básico toleítico e rochas piroclásticas subordinadas, com um Membro Carbonático e calciofilitos e metadolomitos a estromatólitos; a Formação Estrada dos Romeiros, estratigraficamente superior, e em contato transicional, com um Membro Arenoso na base e um Membro Pelítico no topo, e a Formação Boturuna, em contato brusco a transicional com topo da formação precedente, comportando dois membros vulcânicos e dois membros arenosos. São apresentados estratótipos com espessuras aproximadas, caracteres litológicos e correlações com outras unidades do Grupo São Roque, referidas pela bibliografia. As relações entre as unidades litoestratigráficas, suas características litológicas e a distribuição das estruturas primárias torna possível considerações sobre a paleogeografia e o ambiente de deposição de sequência São Roque, aqui associado a calhas rasas, do tipo \"rift\" intracontinental, com atividade vulcânica proeminente nos primeiros estágios de sua evolução. A ocorrência de centros eruptivos do tipo vulcão é sugerida pela disposição de recifes carbonáticos, alguns a estromatólitos, circundando corpos metabasíticos estratificados de geometria oval. São identificados na área do Sinclinório de Pirapora, cinco fases de dobramentos superimpostas, três delas sin a tardi-metamórficas e duas pós-metamórficas. Uma articulação de dobras anticlinais recumbentes da segunda fase controla a geometria dos contatos entre as unidades litoestratigráficas, gerando intensa repetição aparente das mesmas. O posicionamento dos estratos, em flanco normal, charneira, ou flanco inverso destas estrutras, modifica a qualidade da foliação \'S IND. 2\', e sua relação com acamamento e a foliação \'S IND. 1\'. A terceira fase de dobramentos é tardia ao metamorfismo, com dobramentos quase holomórficos a traços axiais e eixos orientados de E a W com mergulhos para NE e para W, e desenvolve clivagem plano axial espaçada. Duas fases pós-metamórficas, a fase do Sinclinório de Pirapora, com eixo mergulhante a N60-70E, e outra fase tardia em torno de NS-NNW, não são hierarquizadas.