Frida Kahlo, calor & frio - a escrita antropofágica, feminina e performativa do texto como ponto de partida de um experimento de criação e circulação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Dias, Viviane Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27156/tde-06092016-144953/
Resumo: É possível um diálogo com mitos em um texto teatral que, por suas características intrínsecas, estimule uma certa cena contemporânea e brasileira? Como escrever um texto que provoque uma relação de parceria com a encenação, fomentando operações poéticas em artistas e no público? A presente pesquisa partiu destas questões principais para a criação e sistematização de caminhos no âmbito do experimento Frida Kahlo- Calor e Frio, da Estelar de Teatro, uma companhia em que sou dramaturga e atriz e que desde 2006, se dedica à investigação teatral e à gestação de nova dramaturgia e peças. A atitude política antropofágica fundamenta a produção - nas interfaces artística e acadêmica - deste trabalho. Para a coleta de dados, além do uso de referências bibliográficas, a investigação identificou e sistematizou experiências da cena que marcaram uma atriz-dramaturga. Em especial, os legados de contatos sistemáticos com o diretor pedagogo Jurij Alchitz, desde 2011. A criação do texto é parte de seus objetivos, apresentado em fragmentos e analisado, muitas vezes a partir de suas relações com a cena. O material artístico fruto deste trabalho teve diversas experiências de encontro com o público, no palco e na rua, no Brasil e em outros países, refletidas nesta investigação. A título de conclusões, a pesquisa revela atitudes dramatúrgicas que favoreceram o diálogo com as questões inicialmente propostas: uma abordagem do mito como constelação de imagens em torno de um núcleo temático e a interrelação mito e poesia; bem como a tessitura de uma dramaturgia híbrida a partir do trânsito entre linguagens diversas e o texto teatral como material de jogo. As experimentações variadas, a partir das provocações deste tipo de texto, possibilitaram as ocorrências da performatividade da palavra e de uma autora performer. Os caminhos apontados pela investigação podem contribuir no trabalho de pesquisa e na prática de autores e também atores, diretores, performers e pedagogos teatrais.