Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Bueno, Juliana Villela |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-15012007-172932/
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Resumo: |
O uso do misoprostol tem se tornado um procedimento de rotina nos casos de indução do trabalho de parto (TP), pelo seu efeito relaxante sobre o músculo liso do colo, alterando a estrutura do colágeno, particularmente nos casos de pós-datismo. O objetivo deste estudo observacional e comparativo foi avaliar os efeitos do uso do misoprostol no TP em relação à intensidade e à característica da dor manifestada pelas parturientes. Participaram do estudo 40 parturientes, 20 fizeram parte do grupo com indicação de indução do TP com uso de misoprostol, e 20 fizeram parte do grupo de evolução espontânea, todas assistidas em uma maternidade que atende clientela SUS na cidade de Ribeirão Preto-SP. Os grupos foram formados por indicação clínica, atendendo ao protocolo da instituição para resolução da gravidez, e pelos critérios de inclusão. O estudo foi desenvolvido em duas fases. A primeira (fase latente do TP - FLTP), com a participação apenas do grupo I (misoprostol), e a segunda fase (fase ativa do TP - FATP), com ambos os grupos, para comparar a dor manifestada pelas parturientes. A dor foi avaliada por meio dos instrumentos: Diagrama do corpo (DC) para identificação das regiões dolorosas; Estimação de categorias/ ordenação das posições dos descritores de dor (DD) e Escala Analógica Visual (VAS). Para a análise do DC e DD, foram considerados a freqüência e o percentual. Para a VAS, foram calculados a média aritmética, a mediana, o desvio-padrão, o mínimo e o máximo. Na análise comparativa, foram utilizados teste Mann-Whitney, teste Quiquadrado (? 0,05) e análise de Variância (ANOVA) com medidas repetidas. Na FLTP, a maioria das parturientes (grupo I) referiu dor na região pubiana; a lista de 15 descritores da dor não se mostrou adequada a este momento do TP; a mensuração da intensidade da dor pela VAS, após a primeira manifestação de dor na FLTP, revelou padrão de dor ascendente, o que corrobora para o efetivo efeito do misoprostol em ativar as contrações uterinas. Na FATP, a localização da dor para ambos os grupos foi nas regiões: pubiana, inguinal, quadril anterior e sacra. A qualificação da dor, por meio dos descritores, para ambos os grupos, apresenta similaridades, visto que a maioria das parturientes de cada grupo a descreve como sensitiva. Outra semelhança é a predominância de descritores de qualidade afetiva, entre os cinco primeiros classificados. Na mensuração da intensidade da dor, pela VAS, os resultados sugerem que a intensidade da dor se apresenta ascendente para ambos os grupos. A mensuração de maiores intensidades de dor às contrações uterinas para o grupo II está relacionada a um maior número de contrações uterinas apresentadas por este grupo. Diante desses achados, não é possível afirmar que o misoprostol manifeste na parturiente maiores intensidades de dor durante o TP, comparativamente à dor manifestada em um TP de evolução espontânea, conforme suposto no início deste estudo. |