Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Filgueira, Gabriela Campos de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17145/tde-06082019-105924/
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Resumo: |
Mulheres com obesidade são mais propensas a complicações médicas, cirúrgicas e obstétricas, tais como maiores índices de indução do trabalho de parto e falha na indução. O misoprostol é um análogo sintético da prostaglandina E1 utilizado para a indução do trabalho de parto. O presente trabalho visa avaliar os efeitos da obesidade materna sobre a farmacocinética do misoprostol em parturientes, bem como a avaliação da influência da obesidade na resposta clínica da indução do trabalho de parto. Foram investigadas 40 parturientes, assim distribuídas, Grupo 1: 10 parturientes não obesas, Grupo 2: 10 com obesidade grau 1, Grupo 3: 10 com obesidade grau 2 e Grupo 4: 10 com obesidade grau 3. Após a internação das pacientes, leitura e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, foi avaliado o comprimento do colo do útero, o índice de Bishop foi determinado e uma amostra de sangue foi colhida para avaliação dos exames laboratoriais, genótipo e tempo zero da farmacocinética. Após a administração do comprimido de misoprostol 25µg via vaginal, foram colhidas amostras seriadas de sangue nos tempos 15 a 360 minutos. As concentrações plasmáticas do ácido misoprostólico foram analisadas em plasma empregando UPLC-MS/MS. Os parâmetros farmacocinéticos foram calculados com base nas curvas de concentração plasmática total versus tempo empregando o programa Winnonlin. Todas as parturientes realizaram o pré-natal satisfatoriamente e nenhuma havia se submetido a cesárea anterior. As parturientes do grupo 1 apresentaram uma taxa de sucesso de indução de 60%, com uma média de 1,10 dias de indução e 2,50 comprimidos de misoprostol. No grupo 2, houve uma taxa de sucesso de 70%, em 1,40 dias de indução, utilizando 2,80 comprimidos. No grupo 3, a taxa de sucesso foi de 60%, em 1,70 dias de indução e também utilizou 2,80 comprimidos. Entretanto no grupo 4, a taxa de sucesso foi de apenas 30%, em 2,40 dias e utilizando quase o dobro de comprimidos (4,80). Houve uma diferença significativa da falha de indução entre os grupos, a taxa de falha de indução no grupo 4 foi de 70%, enquanto nos demais grupos foi de apenas 10%. O método para análise do ácido misoprostólico em plasma seguiu o preconizado pela legislação vigente, com LIQ de 2,0 pg/mL. Não houve diferença significativa entre os parâmetros farmacocinéticos dos grupos. A AUC variou de 56,77 a 83,89 pg.h/mL; o Cmax de 14,29 a 21,89 pg/mL; o tmaxde 2,25 a 4,5 h; o t1/2 de 0,96 a 1,31 h. Não houve diferença entre o IMC e os parâmetros farmacocinéticos, entretanto houve influência do peso na AUC. Também houve uma relação entre a baixa exposição ao misoprostol (AUC) e maior taxa de falha de indução. Conclui-se que A obesidade influencia a biodisponibilidade (AUC) do fármaco, sugerindo que o regime posológico do misoprostol possa ser alterado. A obesidade também influenciou a taxa de falha de indução, quanto maior o IMC, maior a taxa de falha de indução, maior o tempo de internação, maior o número de comprimidos utilizados |