Estudo clínico-epidemiológico de casos de Granuloma lepróide canino, diagnosticados pelas histopatologia e técnica de reação em cadeia de polimerase (PCR)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Maruyama, Simoni
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
PCR
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-11012012-125058/
Resumo: O Granuloma \"lepróide canino\", quadro sindrômico, também denominada lepra canina, foi descrito pela primeira vez em 1973, no Zimbábue, em cães da raça Boxer e Bull mastiff e consiste em um dos tipos de micobacterioses tegumentares encontradas nos animais de companhia. No presente estudo, objetivou-se caracterizar os aspectos clínicos e epidemiológicos da enfermidade, nos animais atendidos no período de 1990 a 2010, no Serviço de Dermatologia do Hospital Veterinário da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, bem como determinar a ocorrência de similaridade gênica da micobactéria envolvida, entre os animais brasileiros e os descritos em trabalhos estrangeiros. A amostragem foi composta de 37 animais com diagnóstico estabelecido por exame histopatológico ou citobacterioscópico cutâneo, onde se verificou evidente predisposição racial (83,7%), principalmente da raça Boxer (61,2%), ampla distribuição etária e ausência de predisposição sexual. Os cães apresentavam bom estado geral, sem comprometimento sistêmico, apenas tegumentar, com predomínio das lesões de morfologia nodular (75,6%) e situadas em pavilhões auriculares (86,5%). O diagnóstico foi estabelecido a partir dos seguintes exames subsidiários: histopatologia cutânea (56,8%), citobacterioscopia (21,6%) e por ambas as metodologias (21,6%). Trata-se ainda de enfermidade ocorrente em várias unidades federativas brasileiras, no entanto parece ser pouco diagnosticada e assim submetida a tratamentos equivocados, o que foi verificado em 54% dos cães tratados preteritamente. Os fármacos empregados no tratamento sistêmico, rifampicina ou enrofloxacina, mostraram-se igualmente eficazes, com estabelecimento da alta clínica em tempo médio de 84,1 dias. Já técnica de reação em cadeia de polimerase (PCR) foi executada a partir de cortes histológicos cutâneos, emblocados em parafina, oriundos de 13 animais, sendo que em 09 (69,2%) deles se detectou a presença de Mycobacterium cepa CLGS, pelo método da PCR em tempo real e a confirmação do agente em comum entre os casos do Brasil e de outros países.