Versão Brasileira do STarT Back Screening Tool - tradução, adaptação transcultural, confiabilidade e validade de construto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Pelaio, Bruna Pilz Moraes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-18122014-115402/
Resumo: Fatores psicossociais não são rotineiramente identificados na avaliação fisioterapêutica e podem influenciar no prognóstico de pacientes com dor lombar. O questionário STarT Back Screening Tool (SBST) foi criado para distinguir subgrupos dentre pacientes com dor lombar em relação ao prognóstico no tratamento considerando fatores físicos e psicossociais, classificando-os em baixo, médio e alto risco de mau prognóstico. Objetivo: Traduzir e adaptar transculturalmente o SBST para Língua Portuguesa do Brasil, testar a confiabilidade e validade de construto. Métodos: A primeira etapa consistiu na tradução, síntese, retro-tradução, revisão pelo grupo de tradução, pré-teste e avaliação dos documentos pelo Comitê. A versão pré-final foi aplicada em duas amostras de 52 pacientes cada, com dor lombar, ambos os sexos, idade acima de 18 anos e níveis educacionais variados. Para verificação da confiabilidade intra-avaliador, foram realizadas duas entrevistas em outra amostra de 50 pacientes, e os resultados analisados pelo Kappa ponderado quadrado. Também foram calculados a consistência interna usando de Cronbach (n=105), o erro padrão da medida (n=50) e a validade de construto (n=151), correlacionando o SBST-Brasil com as versões brasileiras do Oswestry Disability Index (ODI), Rolland Morris (Brasil- RM) e Fear Avoidance Beliefs Questionnaire para trabalho (FABQ-Work) e atividade física (FABQ-Phys). Resultados: O consenso foi atingido nas etapas de tradução e retrotradução, apenas o item 6 não foi compreendido e depois de reformulado foi reaplicado em outros 52 pacientes que não tiveram mais dúvida. A confiabilidade foi considerada substancial (0,79 - 95% IC 0,63 0,95), a consistência interna aceitável (0,74 pontuação total e 0,72 da subescala psicossocial), e o valor do erro de padrão da medida muito bom (1,9%). Em relação à validação, a pontuação total do SBST- Brasil mostrou alta correlação com o Brasil-RM (r=0,61), moderada correlação com o ODI (r = 0,56) e FABQ-Work (r=0,3) e fraca correlação com o FABQ-Phys (r = 0,18). Já a subescala psicossocial mostrou correlação moderada com o Brasil-RM (r =0,49) e ODI (r =0,47) e fraca correlação com o FABQ-Work (r =0,24) e FABQ-Phys (r =0,21). Além disso, a estratificação dos grupos de risco do SBST-Brasil foi compatível com os valores de classificação do ODI, Brasil-RM e FABQ-Phys para risco de mau prognóstico. Conclusão: O SBST-Brasil mostrou-se confiável e válido para avaliar a influência de fatores psicossociais em pacientes com dor lombar.