Aspectos genéticos e citológicos da instabilidade mitótica em Aspergillus nidulans

• Ano de defesa: 1979
• Autor(a) principal: Souza, Dulce Regina Niffinegger e
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: CITOGNÉTICA; FUNGOS FILAMENTOSOS; INSTABILIDADE MITÓTICA
• Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20220207-181003/

O presente trabalho teve por objetivo o estudo da instabilidade mitótica, sob os pontos de vista genético e citológico, em variantes deteriorados e setores heterocarióticos originados, espontaneamente da linhagem A de A. nidulans. Também a frequência de setores em diferentes temperaturas foi analisada nessa linhagem. Verificou-se que a linhagem com duplicação, originou setores cuja frequência foi alterada pela variação da temperatura, sendo que a 40°C foi observado tanto aumento na frequência total de setores quanto na de setores amarelos (originados de deleção do segmento translocado ao grupo de ligação II). Além disso, a frequência de setores gêmeos, de diversos tipos aumentou com a temperatura. Da análise citológica de variantes deteriorados diversas alterações nas estruturas conidiais foram detectadas, não ocorrendo o mesmo para os componentes de setores heterocarióticos analisados. Modificações nas taxas de germinação também foram observadas em alguns variantes, e todos esses fatos traduziram-se, fenotipicamente, em alterações na morfologia e crescimento das colônias. A presença da duplicação modificou o diâmetro dos núcleos conidiais tanto para a linhagem com duplicação como para variantes deteriorados e heterocarióticos e, sua excisão parcial ou total pode ser constatada através de métodos citológicos e confirmada geneticamente. Com a utilização de técnica especial foi possível a detecção de conídios hipohaplóides em setores heterocarióticos, verificando-se, citologicamente, que a deleção alterou drasticamente a germinação, o tamanho dos núcleos e conídios e foi geneticamente localizada no grupo de ligação II. Para variantes deteriorados, a análise genética mostrou que os determinantes de deterioração localizaram-se em vários dos grupos de ligação e, na maioria dos casos, apenas um gene estava envolvido. Possíveis casos de transposição e de novas duplicações em tandem, aumentando ou diminuindo o padrão de instabilidade, foram verificados. Para componentes de setores heterocarióticos, quando apenas os conídios viáveis puderam ser analisados, os resultados foram comparáveis àqueles obtidos para as linhagens originais, com e sem duplicação, indicando que nesses casos ocorreu, provavelmente, deleção preferencial de diversos tamanhos, nos segmentos envolvidos. Assim, a presença da duplicação em linhagens de A. nidulans apresenta consequências e implicações genéticas e citológicas no desenvolvimento, mais complexas do que aquelas passíveis de observação macroscópica, apenas.