Prevalência, distribuição e determinantes do retardo do crescimento infantil na população urbana do Estado do Pará, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1998
Autor(a) principal: Santos, Helena dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-06042020-123813/
Resumo: O presente estudo ocupou-se da desnutrição energético-protéica crônica, avaliada pela altura com relação à idade, e de seus determinantes em crianças menores de dez anos de idade residentes em áreas urbanas do Estado do Pará e Regiões Nordeste e Sul, com base em dados oriundos da PNSN. A primeira parte consistiu na descrição da distribuição dos déficits estaturais, bem como do comportamento das variáveis sócio-econômicas e demográficas implicadas nos processos carenciais. Esse capítulo descritivo apontou maior prevalência de desnutrição e maior severidade no retardo do crescimento, assim como, uma conjuntura social, domiciliar e familiar mais desfavoráveis para as crianças paraenses em contraste ao verificado para as crianças do Nordeste e do Sul. Na segunda parte utilizou-se análise de regressão logística para a avaliação dos fatores de risco nutricional. Destacaram-se o saneamento inadequado, a ausência ou a baixa escolaridade materna, o maior número de irmãos pequenos como os fatores mais associados aos déficits estaturais no Pará e no Nordeste. No Sul, foram significantes fatores de risco as variáveis ligadas ao cuidado infantil, como escolaridade materna e aspectos da história reprodutiva da mãe. A análise complementar de indicadores da conjuntura social mostrou um quadro de ampla ineficiência de serviços públicos no Pará, o que aponta o precário acesso a esses serviços, uma das possíveis vertentes dos modelos teóricos de causalidade capaz de explicar parte da grave problemática nutricional no Estado.