Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Campos, Fabiano Fleury de Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-31072020-204019/
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Resumo: |
Esta tese analisa as peças Shopping and Fucking e Pool (no water), do dramaturgo britânico Mark Ravenhill (1966- ). O nosso objetivo se volta mais especificamente para a análise pormenorizada da forma dramatúrgica na passagem de uma peça para a outra, o que se associa a um estado de degeneração crescente das relações sociais retratadas. Extremamente agressiva, a primeira peça, escrita em 1996, fala deliberadamente sobre a vida de quatro jovens e um adulto voltados para o consumismo, marca a estreia do dramaturgo e permanece sendo a mais conhecida de sua carreira, recebendo inúmeras montagens e encenações em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil. A segunda obra, escrita dez anos mais tarde, marca um momento de radicalização maior da forma. Comparativamente menos conhecida do que a primeira, os seus temas são menos explícitos e se desenvolvem a partir da relação de amizade entre um \"grupo\" de amigos do qual faz parte uma fotógrafa famosa. Apoiando-nos nas análises de críticos teatrais como Peter Szondi, Jean-Pierre Sarrazac, Renata Pallottini, Jean-Jacques Roubine e Jean-Pierre Ryngaert, procuramos tratar, sobretudo, das transformações estruturais envolvendo a configuração dos diálogos e dos personagens, sofridas nessas peças, assim como das relações/contradições envolvendo a forma e o conteúdo em ambas as obras. Em seguida, ampliamos as discussões relacionando questões estruturais a temas como a massificação, a corporeidade e a pauperização da arte no mundo contemporâneo, segundo estudos de Roswhita Scholz, Walter Benjamin, Fredric Jameson, entre outros. Ao longo deste trabalho dialogamos também com estudiosos das artes cênicas mais voltados para o teatro britânico da virada do último milênio, como Alekz Sierz e Dan Rebellato. Ao final, observamos como a radicalização das formas resultando em configurações incomuns tanto dos personagens quanto dos diálogos se relaciona com a exposição de indivíduos cada vez mais fragmentados na estrutura de uma vida social cada vez mais agonizante. |