Avaliação histomorfométrica comparativa dos defeitos ósseos cavitários preenchidos com vidro bioativo e com enxerto ósseo autólogo: estudo experimental em coelhos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Camargo, André Ferrari de França
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5140/tde-23112015-162035/
Resumo: O tratamento das lesões ósseas cavitárias com autoenxerto ainda é considerado o padrão-ouro. Seu uso, entretanto, é limitado, devido principalmente à baixa disponibilidade e à morbidade do sítio doador. Os enxertos ósseos sintéticos são estudados com o objetivo de superar as limitações decorrentes da retirada de autoenxerto ou da disponibilidade de bancos de tecidos. O vidro bioativo é um material sintético osteoindutor, osteocondutor e antibacteriano, à base de sílica e cria um arcabouço para o crescimento ósseo. Objetivo: comparar o vidro bioativo com o autoenxerto, com relação às características histomorfométricas. Métodos: foi realizado um estudo experimental prospectivo caso-controle em animais, para comparar o vidro bioativo com o autoenxerto com relação às características histomorfométricas. Oito coelhos foram submetidos a uma cirurgia em que um defeito cavitário foi criado em ambos os fêmures proximais; de um lado, o defeito ósseo criado foi preenchido com os grânulos de vidro bioativo; do outro, o defeito ósseo foi preenchido com o autoenxerto retirado do lado contralateral. Os lados foram randomizados. Catorze dias após a cirurgia os animais foram sacrificados. Resultados: a análise histológica revelou que a neoformação óssea entre os dois grupos foi equivalente, e que a contagem de osteoblastos foi superior nos fêmures tratados com vidro bioativo. A contagem de osteócitos, por outro lado, foi menor. A semelhança na intensidade de neoformação óssea coincide com o encontrado na literatura. As diferenças de contagem celular são concordantes com o mecanismo de ação do vidro bioativo: aumento do turnover ósseo, estímulo dos osteoblastos e retardo na sua diferenciação para osteócitos. Conclusão: o vidro bioativo promove neoformação óssea semelhante ao autoenxerto neste modelo animal de defeito ósseo cavitário. Nível de evidência III, estudo caso-controle