Anormalidades dentárias em crianças submetidas a tratamento antineoplásico para neoplasias do sistema nervoso central

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Demasi, Ornella Florio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-23092015-163213/
Resumo: INTRODUÇÃO: As neoplasias do sistema nervoso central são frequentes nafaixa etária pediátrica e o tratamento antineoplásico pode resultar em efeitos adversos agudos ou tardios na cavidade oral. As anormalidades dentárias de forma, tamanho e número de dentes podem ocorrer se o tratamento por radioterapia de crânio e coluna, quimioterapia ou ambas forem coincidentes com a época de formação dentária em pacientes pediátricos. A gravidade das alterações depende do tipo de tratamento e da idade do paciente ao diagnóstico. OBJETIVOS: Avaliar a frequência de anormalidades dentárias em pacientes tratados para neoplasias do sistema nervoso central. MÉTODOS: Neste estudo transversal foram avaliados 31 pacientes com diagnóstico de neoplasia do sistema nervoso central que estavam fora de terapia há pelo menos um ano, comparativamente com um grupo controle composto por 31 pacientes saudáveis, pareados por idade com o grupo de estudo. As anormalidades dentárias foram avaliadas por meio de radiografias panorâmicas. RESULTADOS: A idade média ao diagnóstico dos pacientes do grupo de estudo foi de 7,3 ± 3,9 anos e as neoplasias mais frequentemente observadas foram meduloblastoma (58,1%), astrocitoma (25,8%) e ependimoma (3,2%). Não se observou diferença na frequência de anormalidades dentárias entre os grupos. As anormalidades mais frequentemente observadas nos pacientes do grupo de estudo foram microdontia (9,7%) e encurtamento radicular grau III (16,1%). Microdontia foi mais frequente em crianças que tiveram o diagnóstico antes dos 5 anos de idade, com diferença significante. Encurtamento radicular grau III foi observado em pacientes com mais de 10 anos de idade no momento do exame radiográfico, também com diferença significante. Pacientes tratados por radioterapia associada à quimioterapia apresentaram maior frequência de anormalidades dentárias, comparativamente com pacientes tratados somente por radioterapia ou quimioterapia isoladamente. Microdontia apresentou alta correlação com os dentes segundos premolares e segundos molares em pacientes tratados para neoplasias do sistema nervoso central. CONCLUSÕES: Pacientes tratados para neoplasias do sistema nervoso central apresentam alta frequência de anormalidades dentárias, porém neste estudo não houve diferença entre os grupos de estudo e controle. Microdontia foi a anormalidade dentária mais frequente em pacientes submetidos ao tratamento antineoplásico antes dos 5 anos de idade, com significância estatística. Encurtamento radicular grau III foi observado nos pacientes com mais de 10 anos de idade no momento do exame radiográfico, com diferença estatisticamente significante. Pacientes submetidos à radioterapia associada à quimioterapia apresentaram maior frequência de anormalidades dentárias