Avaliação da efetividade e toxicidade do quimioterápico vinorelbina em crianças e adolescentes com gliomas de baixo grau não ressecáveis e/ou em progressão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Cappellano, Andrea Maria [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=4289045
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/46437
Resumo: Introdução: O manejo dos gliomas de baixo grau não ressecáveis e/ou em progressão permanece controverso. As opções de tratamento incluem quimioterapia, geralmente precedido por um período de observação, na tentativa de adiar ou mesmo evitar a radioterapia e a ressecção cirúrgica extensa. Dentro deste contexto realizou-se um protocolo institucional no IOP/GRAACC/UNIFESP com vinorelbina, um alcaloide da vinca semissintético, com o objetivo de avaliar a resposta ao tratamento, a sobrevida e seu perfil de toxicidade. Pacientes e métodos: De julho de 2007 a maio de 2013, 41 pacientes com tratamento prévio (10) e recém-diagnosticados (31) foram tratados com vinorelbina na dose de 30 mg/m² nos dias 0, 8 e 22 por 18 ciclos. Os critérios de resposta incluíam as imagens de ressonância nuclear magnética e a avaliação física e oftalmológica, quando aplicável. Em relação às toxicidades, estas foram avaliadas segundo os critérios de terminologia comum para eventos adversos. Resultados: Com média de idade de 6,4 anos os locais primários dos tumores foram: 27 em vias ópticas/hipotálamo (1 disseminado), 7 em tronco cerebral, 3 em hemisfério cerebral, 2 em cerebelo, 1 intramedular e 1 gliomatose cerebral. Quatro pacientes apresentavam diagnóstico de neurofibromatose tipo 1 e três de síndrome diencefálica. Vinte e oito pacientes realizaram cirurgia, sendo glioma grau I em 21 casos e grau II em sete. Dezessete pacientes (42,5%) apresentaram resposta objetiva e em 23 doença estável. A toxicidade mais significativa foi hematológica, com neutropenia grau 3/4 em nove pacientes, ocorrendo apenas dois casos de neutropenia febril. Nenhuma toxicidade gastrointestinal grau 3/4 foi observada e apenas um caso de neurotoxicidade grau 3. Com seguimento médio de 56 meses, a sobrevida livre de progressão em 3 e 5 anos foi de 49,4% (I.C. a 95%: 33,2%; 65,4%) e 36,8% (I.C. a 95%: 20,7%; 52,9%), respectivamente e a global em 3 e 5 anos de 81,8%(I.C. a 95%: 69,6%; 94,0%). Conclusão: Os resultados sugerem ser o quimioterápico vinorelbina uma opção de tratamento para gliomas de baixo grau não ressecáveis e/ou em progressão demonstrando efetividade e baixa toxicidade.