Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2002 |
Autor(a) principal: |
Santos, Maria Luiza Menezes dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6136/tde-22102024-171729/
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Resumo: |
O objetivo desta pesquisa foi lançar um olhar interdisciplinar sobre a menstruação, a partir de significações e resignificações feitas por mulheres acerca de suas menstruações, ao longo da vida, utilizando aportes de estudos de gênero e da Psicanálise. Foram coletados depoimentos orais de 10 mulheres urbanas, brasileiras, residentes em São Paulo, com grau de escolaridade universitário (cursando ou completo), na faixa etária de 20 - 40 anos. As mulheres da pesquisa foram selecionadas na rede de sociabilidade da autora. Estas falaram livremente de como significaram a experiência com as primeiras menstruações e como as foram resignificando, ao longo do tempo, sendo os dados, produtos de memória e de reelaborações das antigas experiências. Os dados obtidos foram classificados segundo cinco criterios: Contingências inevitáveis da menstruação (Higiene e Saúde); Reações Afetivas; Ciclos e Interciclos; Implicações Culturais de Gênero; Público x Privado. Procurou-se escutar e articular relatos acerca do que foi dito antes da experiência da menarca, o que foi imaginado e o que foi vivido inicialmente e posteriormente, observando possibilidades de resignificações de experiências. Foi feita uma comparação de questões de gênero relacionadas a visão cultural sobre a menstruação com interpretações e inferências psicanalíticas. Concluiu-se que a menarca e outras menstruações foram vividas como extemporâneas; embora houvesse preparo insuficiente para a menarca, com o tempo existiu a integração da menstruação na história da mulher, oscilando entre algo negativo e neutro. Houve preponderância de vergonha e nojo, o que apontou para a influência de uma cultura que segrega os excrementos, bem como uma possível contaminação dos excrementos genitais com a sexualidade reprimida. Não pareceu haver ligação entre a menstruação e a identidade feminina. Não foram observadas fantasias de castração, nem mobilização de sentimentos hipocondríacos de sangrar até morrer, embora aparecessem distúrbios psicossomáticos ligados a menstruação. |